É a terceira interdição do tipo na história de Vicente Pires. ‘Imóvel já tinha recebido intimação demolitória e não cumpria diretriz urbanística do setor’, diz Agefis.
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A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) interditou um prédio irregular nesta quarta-feira (25) em Vicente Pires – o primeiro após o episódio do desabamento que matou um técnico que trabalhava na obra.
É a terceira interdição do tipo na história de Vicente Pires. As duas outras também ocorreram neste ano.
Segundo a agência, a construção já estava embargada. “O imóvel já tinha recebido intimação demolitória e não cumpria diretriz urbanística do setor.”
A Agefis lacrou o prédio e fez apreensão de matérias de construção. Betoneira, cerâmica, sacos de argamassa e a tenda dos corretores estão entre os itens apreendidos.
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Desabamento
O corpo do técnico em edificação Agmar Silva foi localizado na madrugada de segunda-feira (23), 61 horas após o desabamento. Ele foi encontrado entre o térreo e o subsolo, a cerca de dois metros e meio de profundidade dos escombros.
Cerca de 30 bombeiros se revezaram na operação para localizá-lo. Era um trabalho delicado por causa do risco de desabamento do prédio ao lado. O corpo foi retirado por volta das 7h20. A construção ficava atrás do Taguaparque e, de acordo com vizinhos, tinha seis andares.
Mais cedo nesta quarta, o G1 mostrou que a responsável técnica pela obra do prédio que desabou e matou um homem em Vicente Pires já responde a um processo ético por causa do desabamento da tenda de um circo em maio, no estacionamento de um shopping da Asa Norte. Uma pessoa morreu na ocasião.
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Daliane Cardoso Mendonça tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) desde 1996. Com este segundo processo ético, a engenheira pode perder o registro, afirmou o presidente do conselho, Flávio Correia.
“Há um risco muito grande, certo, inclusive pela reincidência.”
“O processo já foi aberto e está agora em fase de investigação. Vai ser passado à Câmara de Engenharia Civil, que é a responsável [pelo caso] para que haja um conselheiro relator, que manda para a comissão de ética e a própria câmara julga a penalidade que ela vai sofrer.”
A TV Globo procurou a engenheira no escritório dela – a própria casa – em Vicente Pires. Ela não estava. O pai deu um cartão com um número, só que ele não existia. Outra responsável pelo prédio que desabou, Lissandra Latorraca tampouco atendeu às ligações.
