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quarta-feira, 25/12/24
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Nova câmara vazia é encontrada na Grande Pirâmide de Quéops

O novo espaço descoberto tem cerca de 30 metros de comprimento e está localizado bem acima da grande galeria, a maior sala conhecida da pirâmide

Um grupo internacional de cientistas descobriu uma grande câmara vazia no interior da Pirâmide de Quéops, em Gizé, no Egito. Esta é a primeira grande estrutura encontrada na pirâmide desde o século XIX.

A descoberta foi feita por pesquisadores egípcios, franceses, canadenses e japoneses, que trabalham desde o final de 2015 na pirâmide, utilizando tecnologia de ponta não invasiva, que permite observar através dela para descobrir possíveis espaços ou estruturas internas desconhecidas.

A Grande Pirâmide, a mais importante construção do Reino Antigo, foi construída durante o reinado de Khufu (2550 a.C. a 2527 a.C.), segundo faraó da 4ª Dinastia, a quem Heródoto chamou de Quéops. O monumento, de 139 metros de altura e 230 de largura, fica no complexo de Gizé, próximo do Cairo, perto da Grande Esfinge e das pirâmides de Quéfren e Miquerinos.

Segundo os especialistas, a nova câmara encontrada tem cerca de 30 metros de comprimento e está localizada bem acima da grande galeria, a maior sala conhecida da pirâmide. Ainda não está claro qual é a sua estrutura exata ou função, mas os especialistas acreditam que o estudo da cavidade poderia levar a um maior entendimento sobre o processo de construção da maior pirâmide de Gizé.

A cavidade é “tão grande como um avião de 200 passageiros no coração da pirâmide”, declarou à AFP Mehdi Tayubi, codiretor do projeto ScanPyramids, responsável pela descoberta. “Há muitas teorias sobre a existência de possíveis câmaras secretas na pirâmide”, conta Tayubi. “Mas nenhuma delas previa a existência de algo tão grande”, completou.

Nova câmara vazia é encontrada na Grande Pirâmide de Quéops (ScanPyramids mission/Divulgação)

Para descobrir os mistérios que ainda estão escondidos no interior da pirâmide, os cientistas analisaram as imagens geradas por uma partícula cósmica conhecida como muon, que é ativado quando partículas subatômicas procedentes do espaço exterior entram em contato com a atmosfera terrestre.

A partícula muon apresenta diferentes trajetórias quando penetra a pedra ou atravessa o ar, o que permite aos pesquisadores detectar cavidades em estruturas sólidas, como na Grande Pirâmide. A vantagem desta tecnologia de ponta é que não danifica a estrutura do monumento, o que significa que a nova cavidade está totalmente intacta e intocada pelos cientistas.

(Com AFP e EFE)

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