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quarta-feira, 25/12/24
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Exercício físico regular – por que é mais que importante: É FUNDAMENTAL

Exercício físico regular – por que é mais que importante: É FUNDAMENTAL

Você já ouviu falar de zebra que sofreu “derrame”? Ou leão que infartou? Pois é: começaram a acontecer vários casos em animais trazidos do seu habitat natural para os zoológicos. Entre outras coisas, isto significa dizer que se até os animais, mais fortes e rápidos que o ser humano, podem apresentar complicações cardiovasculares quando diminuem sua atividade física diária, imagine o quanto não é mais fácil para o ser humano sedentário…

Pensemos em uma porta, novinha: se não for “aberta e fechada” e lubrificadas suas dobradiças regularmente, com certeza apresentará em pouco tempo dificuldade em ser aberta, emperrará, emitirá sons, mostrando que sua movimentação está cada vez pior. Extrapolando este exemplo para o organismo humano:

–       A porta, é o nosso corpo e mente;

–       O óleo de lubrificação é a água;

–       As dobradiças são nossas articulações, músculo e circulação sangüínea: sem água e exercícios físicos, as articulações e músculos começam a “travar” e doer e o sangue a circular mal, não chegando direito às várias partes do corpo e a ficar “grosso”, coagulando-se exageradamente e “entupindo” veias e artérias com mais facilidade.

Ainda outra analogia interessante: Sabem o que acontece com sangue “parado”? Coagula. Quando coagula, entope; e no nosso corpo, quando o sangue fica por aí “entupindo” artérias e veias, temos a gênese das varizes, edemas (inchaços), embolias, tromboses, infartos, derrames e o agravamento de quadros de pressão alta. Como movimentar o sangue? Exercício físico, regular.

Seguindo este raciocínio…

De fato, as doenças cardiovasculares (sobretudo pressão alta, infartos e derrames), só no Brasil, matam em torno de 1.000 pessoas por dia, sendo o número de “seqüelas” e complicações quase 5 vezes maior. Em todo o mundo, infartos, derrames e pressão alta matam juntos muito mais que acidentes, AIDS, câncer, gripe H1N1 ou qualquer outra doença que possamos pensar.

Então, que exercício físico fazer? Qualquer um preferencialmente aeróbico (ou seja, com aumento da respiração) por no mínimo 40 minutos seguidos, pelo menos 3 vezes por semana, lembrando a importância da avaliação médica antes de iniciá-los. Valem caminhada, hidroginástica, dança, corrida, natação, tênis, etc; os fatores mais importantes são: manter a regularidade, procurar não interrompê-lo e respeitar os limites de cada organismo. E sem dúvida, a pessoa mais indicada para orientá-lo nesta questão é o profissional de Educação Física.

Entre os reconhecidos benefícios do exercício físico regular estão:

– Melhor funcionamento e resistência cardiovascular: um coração mais “forte” é mais resistente e efetivo,  precisando trabalhar menos intensamente para cumprir sua função habitual;

– Maior força, tamanho e flexibilidade dos músculos, ao mesmo tempo em que se queima gordura;

– O exercício físico aeróbico melhora a circulação sangüínea, assim prevenindo ou melhorando, por exemplo, patologias como tromboses, varizes e entupimentos dos vasos sangüíneos.

– Aumento do colesterol “bom”, o HDL, que ajuda a reduzir o colesterol total, desobstruir vasos e prevenir novos “entupimentos”;

– Redução e controle da pressão arterial

– Melhor função respiratória, o que melhora a disposição para as atividades diárias;

– Redução do stress, o que melhora a produtividade diária.

Concluindo, manter o corpo em movimento, regularmente, não é uma opção, é obrigatório: a natureza conta com o apoio dos nossos músculos para ajudar o coração e os vasos sangüíneos no árduo trabalho de circular o sangue adequadamente por todo o corpo. Sem este auxílio, que ninguém se surpreenda se precocemente em sua vida desenvolver graves doenças cardio-circulatórias. Exercício físico regular: este simples cuidado ajuda a evitar doenças e, quando não, melhora muito a recuperação e efeitos de tratamentos.

* Esclarecimento importante: As dicas deste texto NÃO substituem a consulta ao seu médico (ou profissional de saúde em questão) e embora em sua maioria estejam BEM embasadas em inúmeros trabalhos científicos, em boa parte, são frutos de observação minha, em consultório, ao longo de mais de 10 anos de Medicina.

Um abraço e SAÚDE,

Ícaro Alves Alcântara

Médico

www.icaro.med.br

Twitter: @qualidade_vida

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