No DF, homem se passa por comprador para furtar carro anunciado na web

O automóvel não tinha seguro. O prejuízo estimado é de R$ 60 mil. O furto foi registrado pelas câmeras de um prédio na 404 Norte, local onde o susposto comprador (de camisa amarela, nas imagens) dizia morar.

De acordo com o dono da caminhonete, o suspeito pediu para conferir o funcionamento do ar-condicionado para, então, ligar a chave na ignição e fugir.

“Bom de papo, fluente na linguagem”. (…) É um tipo de pessoa que não dá para você distinguir porque não te dá nenhum tipo de rastro de que é uma má índole.”

O vídeo mostra, ainda, o desespero do dono (de camisa vermelha) ao se dar conta do golpe. No momento, uma motorista passava em um outro carro. Ele pede ajuda e os dois saem na direção da caminhonete furtada. A perseguição não foi registrada pelas câmeras.

Desde que a vítima postou o vídeo na internet, o dono começou a receber mensagens de outros proprietários de carros que também foram enganados da mesma forma. Já são seis vítimas confirmadas.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito identificado por todas as vítimas é Rafael Alves, de 30 anos. Ele tem pelo menos 24 passagens pela polícia de vários estados, de acordo com as investigações. Até as 19h desta segunda-feira (18), o suspeito ainda não tinha sido encontrado. Informações que levem à prisão dele podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia, no número 197.

Em entrevista à TV Globo, uma mulher conta ter caído no mesmo golpe. A vítima diz que o suspeito interessado na compra do veículo pediu a chave do carro emprestada para conferir os pneus, e também fugiu dirigindo.

“Eu demorei uns 20 minutos pra cair a ficha”, conta.

Uma terceira vítima – outra mulher – chegou a levar o padrasto e a mãe no encontro com o suposto comprador do carro. Da mesma forma, o suspeito disse que ia testar o carro e fugiu.

O delegado de crimes cibernéticos Giancarlo Zuliani explica que não se deve entregar as chaves para o suposto comprador. Se a pessoa pedir para testar o veículo, a orientação é sugerir que isso seja feito em uma oficina.

“Você deixar a pessoa dirigir o carro é um risco muito grande.”