A prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) confirmou o primeiro caso de febre amarela autóctone, de um homem de 35 anos que está internado em uma unidade de terapia intensiva no Hospital de Clínicas, em São Paulo. Desde 1942, o país não registrava casos de febre amarela contraída em cidades.
O paciente, que não havia se vacinado, também não viajou nos últimos meses – o que indica que a doença é autóctone. A confirmação foi feita pelo laboratório da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que investiga mais dois casos. Na semana passada, o município confirmou o caso de um morador de 33 anos, diagnosticado após viagem à cidade de Mairiporã, que decretou estado de emergência devido ao surto de febre amarela.
Foram imunizadas, em São Bernardo do Campo, mais de 160 mil pessoas desde 25 de janeiro, quando a campanha teve início. O resultado representa apenas 24% da meta. A prefeitura quer vacinar 90% da população e dispõe de 707 mil doses da vacina. A campanh
a de vacinação ocorre em 102 escolas, das 9h às 16h, e nas 34 unidades básicas de saúde, de segunda a sexta, das 7h às 17h.
O balanço do Ministério da Saúde do último dia 30 mostra que o país teve 213 casos de febre amarela e 81 mortes desde julho do ano passado, todos casos silvestres da doença, quando a transmissão ocorre pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Foram notificados 1.080 casos suspeitos, sendo 432 descartados e 435 que permanecem em investigação.
*Texto alterado às 9h37 de hoje (6) para corrigir informação repassada pela prefeitura de São Bernardo do Campo de que a transmissão era pelo Aedes aegypti