Motoristas que conseguiram abastecer, na manhã desta segunda-feira (28/5), foram surpreendidos com o preço da gasolina: R$ 4,98 para pagamento à vista ou débito. Quem usou o cartão de crédito, desembolsou mais ainda: R$ 5,08.
Mesmo com a chegada de caminhões-tanques escoltados pela Polícia Militar, muitos postos continuam desabastecidos, sem combustível. Por isso, os brasilienses amanheceram enfrentando filas quilométricas. Segundo representantes do setor, apenas 30% dos estabelecimentos têm combustível no DF.
Até domingo (27), era possível abastecer pagando R$ 4,78 pelo litro da gasolina. O aumento de R$ 0,20 nas bombas deixou os consumidores indignados. “Você tem que ficar horas na fila e pagando mais. E ninguém explica o motivo do aumento”, disparou o servidor público Joaquim Mendes, 52 anos. “Não está fácil manter o carro funcionando. Quando acha combustível, o preço está nas alturas”, completou a médica Larissa Alves, 37.
O problema, dessa vez, é o álcool anidro, produto misturado à gasolina. Como ele vem de caminhão, a base da distribuição está com estoques reduzidos.Por isso, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) reduziu a porcentagem do álcool anidro na gasolina — de 27% para 18%. A medida acarretou aumento de R$ 0,20 no custo de cada litro para os empresários do setor, uma vez que o combustível está mais puro.
Até as 10h de hoje, 62 caminhões escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal transportaram gasolina, diesel, gás de cozinha, álcool anidro (usado na mistura da gasolina), sulfato de alumínio, entre outros produtos para estabelecimentos do DF.
Outras escoltas foram feitas pela Polícia Rodoviária Federal e pela Força Nacional de Goiás para Brasília, reforçando o abastecimento de ração animal e gás de cozinha. As informações são do gabinete integrado de acompanhamento, grupo do governo local que monitora as ações em consequência da paralisação dos caminhoneiros.
Foram liberados quase três milhões de litros de gasolina, 370 mil litros de diesel e 30 mil litros de etanol.