A proporção de famílias que se declararam muito endividadas cresceu de 13,2% em julho para 13,5% do total de entrevistados em agosto
Os brasileiros ficaram mais endividamentos e inadimplentes em agosto, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou que o porcentual de famílias com dívidas aumentou de 59,6% em julho para 60,7% em agosto, a segunda alta mensal consecutiva.
Em relação a agosto do ano anterior, porém, o indicador de endividamento era mais elevado, alcançando 61,2% do total de famílias.
A proporção das famílias com contas em atraso também avançou, de 23,7% em julho para 23,8% em agosto, mas ainda é inferior ao resultado de agosto de 2017, quando 25,9% eram inadimplentes.
O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou de 9,4% em julho para 9,8% em agosto, embora ainda seja menor que o patamar de agosto do ano passado (10,6%).
A proporção de famílias que se declararam muito endividadas cresceu de 13,2% em julho para 13,5% do total de entrevistados em agosto.
“Apesar do aumento pontual, o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos”, disse a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.
O cartão de crédito permaneceu como principal tipo de dívida, apontado por 76,8% das famílias entrevistadas. O carnê foi o segundo mais citado (14,2%), seguido pelo financiamento de carro (10,4%).