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terça-feira, 24/12/24
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A verdadeira situação dos hospitais no DF

Maria Aparecida, 78, diz ter dado entrada em unidade da Ceilândia na quinta com fratura no fêmur

A situação precária em hospitais do DF não é novidade, porém a publicidade intensa do Governo em ressaltar sua presença na cidade tem sido enfática, a realidade se apresenta nos corredores do hospital da Ceilândia, onde por acaso a situação virou notícia por ser avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A avó da primeira-dama afirmou que se acidentou na manhã do mesmo dia que deu entrada no hospital, na casa em que mora na favela Sol Nascente, também na periferia de Brasília.

“Fui pedir à mulher para pegar a galinha. O pitbull avançou no portão. Se ele pega meu rosto, tinha acabado comigo. Aí, naquele susto, caí de costas. Caí, quebrei meu fêmur e estou no corredor de espera. Tem gente aqui que tem mais de 20 dias, 30 dias e não chama [para cirurgia]. Quanto mais eu, que estou com três dias, né?”, disse Maria Aparecida na tarde deste sábado (10), deitada na maca que lhe serve de leito improvisado, em meio a várias outras no hospital de Ceilândia.

“Eu quero é fazer minha cirurgia. Seja lá o que Deus quiser. Não dou conta nem de mexer com o dedo do pé direito. Não dou conta de pentear meu cabelo, não dou conta de comer com minha mão, não dou conta de sentar. A coisa mais triste é ficar dependendo dos outros em negócio de higiene.”

Quando questionada se desejava ser transferida para um outro hospital, ela chorou.

A assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal, responsável pela administração do Hospital Regional de Ceilândia, informou que Maria Aparecida já está sendo atendida e que deve ser transferida ainda neste sábado para o Hospital de Base, que tem uma estrutura de pronto-socorro mais eficiente.

O caso repercutiu nacionalmente e ganhou espaço em grandes veículos de comunicação, o Governo do Distrito Federal tomou iniciativa devido a repercução negativa, vamos torcer para que todos tenham a oportunidade para ser atendido, pois Maria Aparecida, com fratura no fêmur, aguardando três dias só foi atendida graças a mídia.

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