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segunda-feira, 23/12/24
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Abrigos do Plano Piloto e do Gama seguem abertos

Iniciativa de proteção a pessoas em situação de rua durante a queda na temperatura permanece no Ginásio Poliesportivo do Cief (907/908 Sul) e no Estádio Bezerrão

“Foram noites muito boas, pois não passei frio. Agora, é seguir a vida e buscar coisas melhores”, conta Andréia Mahe, de 52 anos. A mineira de Itabirito fez dois pernoites nos espaços para pessoas em situação de rua abertos emergencialmente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) desde quinta-feira (19), na Ação Contra o Frio.

“Agradecemos imensamente aos servidores e à sociedade. O momento exigiu atitudes rápidas, que apenas foram possíveis com o esforço e o empenho desses agentes públicos e da comunidade”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Ela dormiu no Ginásio Poliesportivo do Centro de Interescolar de Esporte (Cief), na Quadra 907/8 Sul. Essa unidade é um dos dois lugares que seguem em funcionamento, mesmo depois de passado o auge da frente fria. O outro é o Estádio Bezerrão, no Gama.

“Foram os locais com as maiores demandas. Vamos voltar a avaliar a permanência desse trabalho diariamente”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Nós nos preparamos para o pior cenário, com colchões, cobertores, alimentação e banheiro. Isso foi fundamental para que tudo tenha ocorrido bem”, complementa a gestora.

Vale salientar que a frente fria intensa vem perdendo força esta semana no DF. Nesse sentido, houve uma redução na quantidade de pessoas que aderiram ao pernoite nos ginásios de Ceilândia e de Sobradinho, razão pela qual foram desativados nesta terça-feira (24).

Ainda nesta semana, a Sedes abrirá mais vagas de acolhimento para serem ofertadas àquelas pessoas que desejarem ir para uma unidade | Fotos: Secom/Sedes-DF

Nos quatro locais de pernoite, os cidadãos foram divididos em dois espaços. Um para homens e outro para mulheres e famílias. Lá dentro, receberam um lanche da noite e um café da manhã. Além disso, muitos moradores das quadras próximas a esses locais organizaram ações sociais, como doação de agasalhos, cobertores e alimentos.

Quem quiser colaborar pode entregar cobertores e agasalhos nos dois centros Pop, nas 12 unidades do Creas e em todos os pontos disponibilizados pela Sedes para atendimento ao público

Os institutos Barba na Rua e Inclusão e o Movimento Nacional da População de Rua colaboraram na organização dos locais. Diretamente ligados e atuantes com esse público, os representantes dessas instituições ajudaram nas ações realizadas para preservação do bem-estar dos presentes.

Entre outras iniciativas, as entidades levaram apresentações musicais, com representantes do Festival Brasília Moto Week. A comunidade reforçou a atuação com doações de comida, agasalhos e cobertores.

Entre os participantes do GDF, a Ação Contra o Frio contou com equipes de unidades socioassistenciais, como Unidade de Proteção Social 24 horas, Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Profissionais das secretarias executivas de Cidades e de Educação, policiais e bombeiros militares também apoiaram a iniciativa.

Ainda nesta semana, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) vai abrir mais vagas de acolhimento para serem ofertadas àquelas pessoas que desejarem ir para uma unidade. Paralelamente a isso, o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) segue nas ruas com 28 equipes realizando o atendimento socioassistencial desse público.

“Agradecemos imensamente aos servidores e à sociedade. O momento exigiu atitudes rápidas, que apenas foram possíveis com o esforço e o empenho desses agentes públicos e da comunidade”, enfatiza Mayara Noronha Rocha.

Como ajudar?

Para colaborar com as pessoas em situação de rua, o cidadão pode entregar cobertores e agasalhos nos dois centros Pop e nas 12 unidades do Creas, bem como em todos os pontos disponibilizados pela Sedes para atendimento ao público.

A secretaria ressalta que doar é um ato pessoal e voluntário e que a intenção é amenizar os efeitos das baixas temperaturas para esse público. “São unidades com atuação direta junto à população em situação de rua. O contato contínuo durante o atendimento vai ser fundamental para que as peças cheguem o mais rapidamente a quem mais precisa”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF

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