Objetivo é conter a propagação da nova variante Ômicron
Autoridades de saúde sul-africanas anunciaram hoje (23) o início da aplicação geral de vacinas de reforço contra a covid-19, em meio à rápida disseminação da variante Ômicron.
Para esta sexta-feira está prevista a administração das doses da vacina Janssen, da Johnson & Johnson, e no dia 28, as da Pfizer.
A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde poucas horas depois de a Autoridade Reguladora de Saúde da África do Sul (Saphra) ter dado “luz verde” para a aplicação de doses de reforço da vacina da Johnson & Johnson.
A Saphra já tinha aprovado, no dia 8 deste mês, a administração de uma terceira dose da Pfizer, mas o governo sul-africano ainda não havia anunciado o cronograma de administração da vacina.
Os vacinados com a fórmula Johnson & Johnson poderão ir aos postos de imunização a partir de amanhã, desde que tenham passado mais de dois meses desde a primeira dose.
Para as vacinas da Pfizer, o programa de reforço será iniciado em 28 de dezembro.
Nesse caso, entre a segunda e terceira doses, devem ter decorrido pelo menos seis meses, com exceção para pessoas imunodeprimidas (três meses).
O ministério não anunciou planos que contemplem a mistura de doses, e os cidadãos deverão receber o mesmo fármaco nas doses de reforço.
Até agora, a África do Sul, que é o grande epicentro da pandemia no continente africano, só havia dado doses de reforço nas suas unidades de saúde com a vacina Johnson & Johnson.
A descoberta da variante Ômicron, que é mais resistente às vacinas existentes, está levando à aplicação de doses de reforço em todo o mundo, apesar de no continente africano, a taxa geral de vacinação ainda ser muito baixa (menos de 11% da população tem o padrão original completo).
Na África do Sul, com um total de 3,3 milhões de infecções e cerca de 90.500 mortes, o avanço da vacinação também é lento, apesar de ser a nação mais desenvolvida da África.
Apenas 27% da população têm o padrão completo, enquanto a África do Sul atravessa a sua quarta grande onda de casos, impulsionada pela variante Ômicron.
Embora a nova variante do novo coronavírus tenha inicialmente desencadeado infecções a uma velocidade sem precedentes, um mês após o anúncio de sua detecção, as infecções começam a diminuir na África do Sul.
A variante Ômicron também está provocando uma taxa muito menor de hospitalizações e mortes do que nas ondas anteriores.
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde que o SARS-CoV-2 foi detectado no final de 2019 na China. Agência Brasil