Deputada Rosângela Reis (PL-MG), que votou no plenário pela soltura do acusado de ser um dos mandantes do assassinado de Marielle, recusou a possível relatoria
No Conselho de Ética, uma nova desistência é registrada entre os parlamentares sorteados para relatar a ação contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Agora, foi a deputada Rosângela Reis (PL-MG), que estava na lista tríplice, quem se recusa a assumir essa relatoria.
Assim, quatro integrantes do colegiado optaram, até o momento, em não assumir essa tarefa, desde a abertura da representação contra o Brazão, há duas semanas. O deputado fluminense é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, crime que vitimou também o motorista Anderson Gomes.
Agora, novo sorteio está previsto para ser realizado na reunião desta quarta-feira, o que pode atrasar ainda mais o processo. Estão mantidos na lista como possíveis relatores os petistas Joseildo Ramos (BA) e Jack Rocha (ES). Ambos votaram no plenário pela manutenção da prisão de Brazão. Rosângela Reis foi favorável a sua soltura. O Correio tenta contato com a parlamentar para apurar as razões de sua desistência.
Além de Reis, os outros três primeiros sorteados que preferiram não relatar a ação foram: o titular Bruno Ganem (Podemos-SP), e dois suplentes, Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
Na semana passada, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ), num lamento crítico, comentou a fuga de possíveis relatores do caso: “Suas excelências declinaram da nobilíssima função em relatar esse caso, missão que alguns consideram arriscada. Não sei por quê?”.