Para Alckmin, a proposta de novo arcabouço trata-se uma “reancoragem fiscal”, baseada no controle da trajetória da dívida pública e em superávits primários
O presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que está “confiante” com a aprovação do novo arcabouço fiscal e da proposta de reforma tributária no Congresso. Na avaliação de Alckmin, a proposta de nova regra fiscal apresentada pelo governo foi “muito inteligente” e será encaminhada nos próximos dias.
Para Alckmin, a proposta de novo arcabouço trata-se uma “reancoragem fiscal”, baseada no controle da trajetória da dívida pública e em superávits primários. “O Brasil não pode gastar mais do que arrecada, e precisa fazer uma curva de redução da dívida, ou seja, responsabilidade fiscal”, afirmou ele, que concedeu entrevista à BandNews. “O novo arcabouço também vai trazer segurança para a redução da taxa de juros”, complementou.
Sobre a reforma tributária, Alckmin afirmou que está otimista com a proposta porque os presidentes da Câmara e do Senado são favoráveis à proposta e que o presidente Lula é “um entusiasta” da reforma.
“A sociedade está madura. Há quantos anos discutimos reforma tributária? Todo mundo sabe que ela é necessária, é um dos entraves para um maior crescimento brasileiro. O Congresso vai debater bastante, mas acho que ela será aprovada”, disse Alckmin.
Reforma vai simplificar modelo, diz Alckmin
Alckmin salientou que a proposta não deve ter caráter restritivo e alinha o Brasil ao sistema tributário já adotado em outros países
“Estamos muito otimistas. Ela vai simplificar o modelo. Não é pra cobrar de setor A, B ou C, mas é para simplificar o modelo, trocando cinco impostos sobre consumo (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) por um, o IVA, como o mundo inteiro tem, um Imposto de Valor Agregado”, disse ele, em entrevista à BandNews
O presidente em exercício também defendeu os efeitos positivos que a reforma pode trazer para o ambiente de negócios do empresariado. “Com a reforma, você simplifica, estimula investimento, reduz custo Brasil, reduz burocracia, estimula exportação, então eu diria que a reforma a ser apresentada é positiva”, afirmou.