Ministro da Defesa da Noruega, Bjorn Arild Gram, afirmou ser uma relevância do governo norueguês treinar soldados ucranianos a usar armas ocidentais.
Neste contexto, ele não descartou a possibilidade que o treinamento possa acontecer no solo norueguês.
“Com [entregas de armas] cresce a necessidade de treinamento e instrução. Nós já contribuímos nisso. A doação de armas de artilharia ocorreu em combinação com o treinamento de soldados ucranianos na Alemanha, onde os soldados noruegueses também deram contribuição. Isso igualmente pode ser relevante no futuro”, afirmou Gram à agência de notícias NTB.
Ao mesmo tempo, o ministro confirmou que o governo da Noruega está considerando mais entregas de armas para a Ucrânia. No entanto, não especificou o tipo de armas ou equipamento militar em questão.
“Nós entendemos a necessidade de mais doações. A Noruega tem fornecido armas em vários lotes, e o carregamento anterior era de artilharia pesada”, constatou Gram.
Mesmo que o gabinete norueguês não confirme com antecedência o envio de armas ou munições para a Ucrânia por razões de segurança, confirmou depois a doação de 22 obuseiros autopropulsados M109 de 155 mm, incluindo peças sobressalentes e munição.
“Estamos considerando mais entregas”, afirmou Gram, acrescentando que o governo norueguês também fornece apoio financeiro por via do fundo britânico para que a Ucrânia possa comprar armas independentemente.
Anteriormente, a Noruega confirmou ter fornecido 2.000 armas antitanque M72 e 100 mísseis antiaéreos à Ucrânia, prometendo mais US$ 43,7 milhões (R$ 220,86 milhões) para iniciativa de armamento liderada pelo Reino Unido.
As declarações de Gram ocorreram após o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ter anunciado que a Aliança está pronta para prover mais armas pesadas e sistemas de longo alcance à Ucrânia, decisão que deverá ser tomada na próxima cúpula da OTAN em Madri, no final de junho.
Desde o início da operação especial russa de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia, as nações ocidentais começaram a equipar Kiev com armas. Só os Estados Unidos comprometeram bilhões de dólares em apoio à Ucrânia em questão de meses, enquanto os aliados na Europa e além dela contribuíram com mais centenas de milhões de dólares. Muitos dos contribuintes, incluindo os da Escandinávia, abandonaram o seu antigo princípio de não enviar armas para países em conflito.