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segunda-feira, 23/12/24
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Aplicativo ‘denuncia’ quando Trump cita empresas no Twitter

Programa cria alertas em tempo real para auxiliar investidores a tomar decisão quando presidente eleito dos EUA escreve sobre companhias da bolsa

O aplicativo de alertas para investidores Trigger lançou uma funcionalidade que avisa quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tuíta sobre alguma empresa listada na bolsa de valores. O programa permite aos usuários criar avisos personalizados para indicadores econômicos e de mercado – como preços de ações, valor de ações e divulgações de dados do governo americano, por exemplo. As informações serviriam para orientar melhor as decisões de compra e vendas de investidores.

A empresa considera que as declarações de Trump  têm impacto significativo. “Seus tuítes sobre preços e contratos com companhias públicas geraram movimentos significativos no mercado que tornam mais difícil ao investidor diário de ficar à frente de seus investimentos. O aumento do risco de tuítes políticos é conhecido por investidores e fundos hedge em Wall Street, que tem corretores trabalhando 24/7, algoritmos e modelos para lidar com esse risco”, diz o comunicado sobre a novidade no blog da companhia.

O presidente eleito recentemente criticou planos das montadoras Ford, General Motors e Toyota ,que produzem carros para os Estados Unidos, de abrir unidades no México. A Ford chegou a anunciar na última terça-feira o cancelamento de um investimento de 1,6 bilhão de dólares (mais de 4 bilhões de reais) no país vizinho, após crítica de Trump pelo Twitter. A montadora negou, em comunicado, que a decisão foi influenciada pelo presidente-eleito.

Aplicativo de investimentos Trigger Finance
Aplicativo de investimentos Trigger (Reprodução)

Outra vítima dos comentários de Trump foi a fabricante de aeronaves militares Lockheed Martin, que teve os gastos do programa de  desenvolvimento do caça supersônico F-35 criticados em dezembro. As ações da companhia caíram 2,35% no dia em que a mensagem foi publicada. O presidente-eleito prometeu rever gastos militares em sua administração, que começa no dia 20 de janeiro.

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