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segunda-feira, 23/12/24
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Apocalypse now: Putin e Trump no Vietnã

Os dois devem se encontrar para discutir principalmente um apoio nas sanções à Coreia do Norte

Com sua viagem de 12 dias pela Ásia chegando ao fim, o presidente americano Donald Trump tem um encontro esperadíssimo nesta sexta-feira e no decorrer do final de semana, no Vietnã. Trump deve se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin, conforme declarou o Kremlin, nos bastidores do Fórum Econômico da Ásia do Pacífico.

Trump, sob uma chuva de críticas nos Estados Unidos sobre sua relação com o governo russo, deve se encontrar com Putin para discutir principalmente um apoio nas sanções à Coreia do Norte.

“Putin é muito importante porque ele pode nos ajudar com a Coreia do Norte. Ele pode nos ajudar com a Síria. É também preciso falar sobre a Ucrânia”, disse Trump em entrevista à rede de TV Fox News.

Em casa, qualquer movimento de Trump em direção a Putin é mal visto, principalmente porque o governo americano está sob investigação para saber qual seu grau de participação na interferência russa das eleições. A abordagem que Trump dá a outros líderes internacionais, bem mais emocional do que a tradicional diplomacia, não colabora para a percepção de que o presidente é conivente com Putin.

O secretário de Estado Rex Tillerson afirmou que Trump irá pressionar novamente o russo sobre a interferência na corrida eleitoral, mas analistas duvidam que o próprio Trump queira mexer nesse vespeiro com tanta intensidade.

A simples presença de Trump no tem neste final de semana no fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) é inusitada. Uma de suas primeiras medidas quando assumiu o posto foi retirar os Estados Unidos do Tratado Trans-Pacífico (TTP), que reuniria boa parte dos países presentes no encontro que começa hoje, afirmando que preferia acordos bilaterais.

O TTP deve ser um dos principais pontos do debate, o que lega a Trump uma posição no mínimo desconfortável. Na abertura do evento, ele afirmou que não permitirá “abusos comerciais crônicos”.

Ou seja, reunido com Putin e as maiores economias do Pacífico, Trump está entre alguns de seus maiores antagonistas. Mas não ousará criticar o russo publicamente.

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