19.5 C
Brasília
sexta-feira, 15/11/24
HomeMundoApós ataques sofridos por Israel, Netanyahu anuncia mudança na política externa do...

Após ataques sofridos por Israel, Netanyahu anuncia mudança na política externa do país

Israel agora vai defender seus interesses em vez de “se curvar” às demandas internacionais, declarou o primeiro-ministro recém-reeleito.

© AP Photo / Atef Safadi

Israel vai revisar sua política externa para torná-la mais consistente com suas prioridades nacionais, disse na quarta-feira (4) o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que formou um novo governo no mês passado após eleições antecipadas. O país não vai mais abaixar a cabeça em resposta às demandas do mundo, disse ele em uma conferência realizada pelo movimento sionista Betar, em Jerusalém.

“Nossa voz será ouvida no mundo”, disse o primeiro-ministro ao anunciar “uma revisão das relações exteriores”, entre outras mudanças políticas que seu governo recém-formado planeja introduzir. “Em vez de […] ceder aos ditames da comunidade internacional, defenderemos com orgulho nossos interesses no Estado de Israel e na Terra de Israel”, acrescentou.
Netanyahu não se referiu a nenhuma nação específica ou organização internacional que possa ser afetada por esta nova política. Ele também não mencionou o conflito em curso entre Moscou e Kiev. No entanto, o recém-nomeado ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, também anunciou a mudança de política de seu país em relação à Ucrânia.
Israel faria menos declarações públicas sobre o assunto, disse o ministro, embora ainda prometesse ajuda humanitária “significativa” a Kiev. Ele também confirmou que falaria com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, diretamente nesta semana. Cohen acrescentou que não há substituto para as relações Israel-EUA e as chamou de uma das principais prioridades do país.
As relações entre a Rússia e Israel despencaram sob o antecessor de Netanyahu, Yair Lapid, que condenou publicamente Moscou devido à sua operação militar especial na Ucrânia. A Rússia respondeu na época chamando as declarações de “absolutamente desconstrutivas”.

Mais acessados