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Após dois meses de quarentena nacional, Itália inicia relaxamento

Mais de 4,5 milhões de pessoas foram autorizadas a voltar ao trabalho; distanciamento físico e social está mantido

Clientes de máscara fazem fila para entrar no mercado Porta Palazzo, em Turim, no primeiro dia de relaxamento da quarentena na Itália – 04/05/2020 Massimo Pinca/Reuters

A Itália iniciou nesta segunda-feira, 4, um relaxamento das medidas de isolamento social impostas em todo o país há mais de dois meses. O governo italiano foi o primeiro a decretar quarentena nacional para conter a pandemia do novo coronavírus.

O plano de reabertura, também chamado de ‘Fase 2’ do confinamento social, prevê a liberação gradual das restrições à circulação de pessoas e a retomada da atividade econômica. Ao todo, mais de 4,5 milhões de pessoas foram autorizadas a voltar ao trabalho.

Apesar da reabertura gradual da economia, o comércio varejista, bares e restaurantes ainda não estão autorizados a funcionar normalmente – com autorização apenas para vendas de refeições com retirada dos clientes. O governo ainda estimula o trabalho de casa e proíbe festas em família, ainda que tenha permitido que os italianos visitem parentes que vivem na mesma região sem grandes aglomerações. O distanciamento físico e social, inclusive nos transportes público, também está mantido.

Em uma entrevista ao jornal La Stampa publicada no domingo 3, o primeiro-ministro Giuseppe Conte pediu cautela à população, afirmando que a nova fase da quarentena não significa “libertar a todos”. O premiê disse que o vírus continua circulando e que o país ainda está em plena pandemia.

A Itália contabilizou até o momento mais de 210.000 casos de Covid-19 e 28.800 mortes, segundo o monitoramento em tempo real da Univerisdade Johns Hopkins. O país, que já foi o epicentro da pandemia, foi ultrapassado em número de contágios pela Espanha e pelos Estados Unidos. Atualmente, os americanos também registram a maior taxa de óbitos em todo o mundo.

Europa

À espera da vacina, muitos governantes se preparam para o grande desconfinamento da população. Na Espanha (mais de 25.200 mortos), os cidadãos começaram a voltar às ruas no sábado 2.

Em Portugal, o governo autorizou nesta segunda-feira a reabertura de pequenos estabelecimentos comerciais, salões de beleza e concessionárias de automóveis, mas as pessoas precisam usar máscaras nas ruas e nos transportes públicos.

Na França, que se aproxima de 25.000 mortes, a flexibilização do confinamento começará em 11 de maio e acontecerá por regiões. O governo anunciou que não vai impor uma quarentena aos passageiros procedentes de países da UE, do espaço Schengen ou do Reino Unido.

O fim das restrições também começou na Alemanha, com a reabertura progressiva das escolas em algumas regiões a partir desta segunda-feira. Na Áustria, as lojas das ruas comerciais de Viena retomaram as atividades no sábado, algo que também aconteceu nos países escandinavos.

Em outro sinal de normalização, o ministro alemão do Interior e dos Esportes se mostrou favorável à retomada da liga de futebol, a Bundesliga. Seria o primeiro grande campeonato europeu a dar o passo.

No leste da Europa, cafeterias e restaurantes reabrem a partir desta segunda-feira na Eslovênia e Hungria, exceto na capital Budapeste. Na Polônia, hotéis, centros comerciais, bibliotecas e alguns museus retomam as atividades.

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