Gilberto Occhi já ocupou ministérios por indicação de seu partido, o PP, por duas vezes: primeiro o das Cidades e depois o da Integração Nacional
O presidente Michel Temer (MDB) deve se reunir nesta terça-feira com o presidente do Partido Progressista (PP), Ciro Nogueira, para definir o nome que substituirá Ricardo Barros (PP-PR) no comando do Ministério da Saúde. O martelo não está batido, mas o preferido do PP, por enquanto, é o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi.
Na pauta estão conversas sobre a atual parceria estratégica entre os dois países, além de discurso
Occhi já ocupou ministérios por indicação política do PP por duas vezes. Primeiro, ocupou a posta das Cidades; depois, da Integração Nacional. As duas oportunidades durante o governo Dilma (PT).
O PP também quer indicar o substituto de Occhi para a presidência da Caixa. Essa indicação, no entanto, não está definida pelo presidente, que se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no último domingo 25 justamente para deliberar sobre o fim de indicações políticas para bancos públicos.
Na ocasião, Meirelles disse que site G1 que “a medida seja implementada o mais rápido possível”, porque os bancos precisam de “diretorias com experiência no mercado financeiro”.
Se descumprir sua fala com Meirelles, Temer estará desprestigiando o nome que, repetidas vezes, tem classificado como um possível vice de sua chapa – podendo, inclusive, assumir o lugar de Temer casos os ventos políticos mudem ao longo dos próximos meses.
Por outro lado, se deixar de indicar um pepista para a Caixa, o presidente estará desagradando o segundo maior partido da base aliada na Câmara – com potencial para tornar-se o maior após o fim do período de trocas partidárias.
No final do ano passado, Occhi foi citado na delação premiada de Lúcio Funaro. Ele, que também já havia ocupado a vice-presidência de Governo da Caixa, teria solicitado uma propina mensal que seria repassada a políticos do PP.