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quinta-feira, 26/12/24
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Astrônomos detectam explosão cósmica de 10,5 bilhões de anos

“DES16C2nm (o nome dado a esta supernova) é extremamente distante, é extremamente brilhante e extremamente rara”, disse um dos cientistas

Uma enorme explosão cósmica ocorrida há 10,5 bilhões de anos: astrônomos anunciaram nesta terça-feira que detectaram a supernova, uma estrela em final de vida, mais distante já vista.

“DES16C2nm (o nome dado a esta supernova) é extremamente distante, é extremamente brilhante e extremamente rara, não é o tipo de coisa que, como um astrônomo, vemos todos os dias”, explica Mathew Smith, principal autor do estudo, em um comunicado da Universidade de Southampton (Reino Unido).

O fenômeno ocorreu quando uma enorme estrela em uma galáxia distante terminou seus dias em uma explosão cataclísmica conhecida como supernova.

Os fenômenos que acompanham a morte de uma estrela são muito violentos porque a matéria de compõe o astro é ejetado a velocidades de vários milhares de quilômetros por segundo. Devido à incrível quantidade de energia liberada, o evento brilha tanto quanto 200 milhões sóis e pode ser vista a partir da Terra.

A luz emitida pelo fenômeno celestial atingiu nosso planeta 10,5 bilhões de anos depois de ter ocorrido e foi detectada pela primeira vez em agosto de 2016. Sua distância e seu brilho extremo foram confirmados em outubro de 2017 por três telescópios distintos.

A equipe internacional de astrônomos liderada pela Universidade de Southampton e responsável pelo estudo publicado nesta terça-feira no Astrophysical Journal classificou o evento entre as supernovas super brilhantes (SLSN), a classe de supernovas mais brilhante e o mais raras.

“Além de ser uma descoberta muito emocionante, a extrema distância de DES16C2nm nos dá uma visão única da natureza das supernovas super brilhantes”, afirma Mathew Smith.

“A luz ultravioleta emitida por esta supernova nos ensina sobre a quantidade de metal produzido na explosão e a temperatura da própria explosão, duas informações essenciais para entender as causas, os motores, dessas explosões cósmicas”, acrescenta.

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