A greve dos metroviários chega hoje ao terceiro dia enfraquecida. Após a categoria cumprir a determinação judicial de operar 24 trens e abrir, para embarque e desembarque, as 24 estações do metrô nos horários de pico, representantes da Companhia Metropolitana (Metrô-DF) e sindicalistas se reunirão hoje no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para uma audiência de conciliação. Até a manhã de terça-feira, funcionaram 16 trens e somente 12 pontos ficaram abertos para pegar ou deixar os trens. Os demais atenderam apenas para desembarque.
Para compensar a falta de trens, o GDF adicionou 45 ônibus extras, enquanto durar a greve dos metroviários. A medida foi anunciada há dois dias, no primeiro dia do movimento. De acordo com o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), é possível mudar linhas para garantir outras necessidades que apareçam no caminho. Um total de 15 coletivos atenderão diretamente Ceilândia e Taguatinga, outros 10 reforçam as linhas de Samambaia e 20 articulados farão o trajeto Ceilândia—Taguatinga—Guará—Águas Claras—Rodoviária do Plano Piloto.
Legítimo
Outra medida do governo para diminuir o impacto da suspensão parcial dos serviços do metrô foi a liberação das faixas exclusivas da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), do Setor Policial Sul e das W3 Norte e Sul. Nenhum trem circulará no domingo, caso a audiência de reconciliação do TRT não seja suficiente para acabar com a greve.
O TRT considerou o movimento dos grevistas legítimo. O metrô e o GDF chegaram a pedir o retorno de 100% dos trabalhadores aos postos, o que não foi atendido. Os metroviários pedem reajuste de 9,5%, além de contratação de pessoal concursado para a autarquia, e alegam que a companhia não apresentou nenhuma contraproposta satisfatória.