Bebê teria sido levado na madrugada desta quinta-feira (28/11) após nascer por uma mulher que se passou por médica do Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
Um recém-nascido foi levado do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) na madtugada desta quinta-feira (28/11). O bebê teria sido levado por uma mulher que se passou por médica do hospital. A criança foi localizada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no início da manhã. A suspeita está presa e a criança já foi devolvida à mãe.
O Correio tinha as informações desde as primeiras horas do dia, mas, em respeito à orientação do delegado da DRS, Leandro Ritt, não publicou a notícia. No entender da polícia, a divulgação dos fatos colacaria em risco a segurança do bebê.
A mãe do bebê, um menino chamado Miguel, é Larissa Almeida, 21 anos. Ela deu entrada no hospital na madrugada da terça-feira (26/11), segundo sua irmã Raisa Almeida, 24.
“Ela ficou internada durante 36 horas com a bolsa estourada, mas sem dilatação. Não induziram o parto. Quando foi às 8h de quarta-feira (27/11) ela deu à luz, de cesariana”, relatou Raisa. Ela conta que o parto foi acompanhado pela mãe delas.
“Depois disseram que minha mãe não poderia ficar, que tinha que ir embora e outra pessoa poderia voltar às 14h30. Quando minha cunhada foi acompanhá-la, a mulher da portaria a barrou. A gente achou um absurdo, porque a mãe tem que ter acompanhante na cesária”, disse.
A abordagem
Na maternidade, ainda segundo a irmã, uma mulher suspeita abordou Larissa dizendo precisar realizar exames no bebê. “Ela pediu para tirar a glicemia do bebê, por volta das 3h. Essa mulher ficou analisando como ia fugir. Escolheu um horário em que a mãe estava cansada”, avaliou Raisa.
Larissa permitiu que o filho fosse levado, mas ficou desconfiada. “Ela pegou e levou a criança. Em cinco minutos, minha irmã foi atrás, mas ninguém mais a achou”, ressaltou.
A denúncia do desaparecimento de Miguel foi feita logo em seguida. “Essa mulher ficou se passando por médica. Estava de jaleco branco, ficava indo de mãe em mãe pedindo para ver o bebê. Ninguém reclamou, mas todos acharam ela estranha”, acrescentou Raisa.
A prisão
A suspeita foi identificada no início da manhã desta quinta-feira (28/11) após chegar ao Hosptal Regional da Ceilândia afirmando que havia dado à luz em casa.
Após alguns exames, porém, a equipe do hospital percebeu que a história não era verdadeira, porque o menino já tinha vários sinais de cuidados médicos, como o corte do cordão umbilical.
Como já havia um aviso do desaparecimento de um bebê no HRT, a equipe avisou as autoridades. Larissa foi levada ao hospital e lá reconheceu a suspeita e o filho.
”A nossa luta valeu a pena. Cuidamos com muito carinho da Larissa e temos muito amor pelo Miguel, então estamos muito felizes. Vamos encontrar com ele pela primeira vez pessoalmente e vai ser uma festa. A gente só tinha visto foto. E como na nossa família só tivemos filhas meninas, ele vai ser ainda mais comemorado”, completou Raisa.
Secretaria diz que agiu rapidamente
Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que a ocorrência do desaparecimento foi registrada “de imediato” pela enfermeira no posto policial do hospital. E, no início da manhã, a mãe foi levada à delegacia para prestar depoimento.
Além disso, a nota informou que HRT colaborou com a polícia e que havia segurança no terceiro andar da unidade, onde Larissa estava internada.
“A equipe de vigilância do hospital conta com 15 seguranças e um supervisor. Assim que o fato foi comunicado, os vigilantes iniciaram uma varredura em todas as instalações do hospital e na área externa. Desde a madrugada, seguranças do hospital, juntamente com as polícias Militar e Civil, fazem buscas nas áreas próximas ao hospital. No HRT são realizados, em média, 300 partos por mês. Este ano, até outubro, foram registrados 3.562 partos”, conlui a nota.