Bolsonaro inicia depoimento com discurso político e defende voto impresso

Publicado por Redação em

Depois dos depoimentos do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, do ex-ministro Anderson Torres e do general Augusto Heleno na manhã desta terça-feira (10/6), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à tarde. Ele está sendo questionado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro começou seu depoimento traçando uma sequência de sua trajetória política, destacando que as dúvidas sobre as urnas eletrônicas não são exclusivas dele. “Flávio Dino, em 2010, após perder a eleição para governo do Maranhão, declarou: ‘Hoje, fui vítima de um processo que precisa ser melhorado. Você acredita que houve fraude? Houve diversas fraudes’. Palavras do senhor Flávio Dino”, afirmou.

O ex-presidente também mencionou conquistas de sua gestão, como obras de pontes, dando um tom político ao começo do depoimento.

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Ele enfatizou que, enquanto deputado, atuou na Câmara dos Deputados para que o projeto do voto impresso avançasse. “Conversei com Luiz Fux (na época presidente do TSE) sobre o tema, e ele me explicou que 5% do Brasil teria voto impresso inicialmente e que depois chegaria a 100%. Fiquei satisfeito. Fux me tratou bem, mas o STF posteriormente declarou o voto impresso inconstitucional, por poder comprometer a segurança das eleições”.

O tema do início do depoimento também foi sua campanha presidencial, que classificou como incomum. “Me lancei para o Brasil, anunciando minha candidatura, e acabei eleito, mesmo após ter sofrido uma facada que quase causou minha morte”.

Na manhã, foram ouvidos o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres e o general Augusto Heleno.

O depoimento de Bolsonaro começou por volta das 14h30. Ele é um dos oito investigados por suposto planejamento de golpe de Estado no Brasil. O ex-presidente faz parte do núcleo 1, também chamado núcleo crucial do processo, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).


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