Segundo corporação, área atingida é equivalente a 602 hectares. Houve ocorrências na Floresta Nacional e em terreno da UnB.
O Corpo de Bombeiros atuou no combate a 128 focos de incêndios florestais neste fim de semana. Foram 83 casos no sábado (5) e 45 no domingo (6).
Entre os locais atingidos estão a Floresta Nacional de Brasília (Flona), o Centro Olímpico da Universidade de Brasília e a Área Alfa da Marinha (saiba mais abaixo).
Segundo os bombeiros, a vegetação destruída nas ocorrências é equivalente a 602 hectares (6.026.114 metros quadrados). Não houve vítimas.
Incêndio na UnB
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No domingo, a corporação foi acionada para combater incêndio de grandes proporções em uma área de mata no Centro Olímpico da UnB, por volta das 13h. A fumaça provocada pelo incêndio podia ser vista de diversas regiões do Plano Piloto.
O fogo foi em direção às quadras poliesportivas e às edificações da Casa do Estudante, circundando o Centro Olímpico. No entanto, o incêndio não chegou a ocasionar danos ao patrimônio da universidade ou perigo aos alojamentos do campus.
A operação de combate às chamas durou cerca de três horas e meia. De acordo com a corporação, a área queimada foi de 62,4 hectares (624,236 metros quadrados).
Ainda na tarde de domingo, houve incêndio na Área Alfa da Marinha do Brasil, em Santa Maria. Foram mais de doze horas de atuação para apagar as chamas.
Os bombeiros sobrevoaram o local para calcular a área atingida. O levantamento constatou queima de 287 hectares. Devido à grande proporção, os bombeiros devem fazer ronda no local na manhã desta segunda (7).
Flona
No sábado, outro incêndio destruiu 39 hectares de vegetação na Floresta Nacional de Brasília. O fogo começou por volta das 7h e levou mais de três horas até ser controlado.
Por se tratar de uma Unidade de Conservação, a perícia foi acionada para apurar as causas do incêndio. Em julho deste ano, uma fogueira acesa por adolescentes causou incêndio na Flona. Cerca de oito hectares foram destruídos na ocorrência.
Incêndios no Cerrado
Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que, no mês passado, o Cerrado foi o bioma com o segundo maior número de focos de incêndios florestais, atrás apenas da Amazônia. Ao todo, foram 10.155 ocorrências em agosto.
Só no Distrito Federal, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros, foram incendiados mais de 6,9 mil hectares de Cerrado e registradas 3.912 ocorrências de queimadas.
André Cunha, professor e pesquisador de ecologia e turismo da Universidade de Brasília (UnB), explica que a incidência de fogo no Cerrado “é um evento natural que evoluiu junto com o bioma há centenas de milhares de anos”. Segundo ele, no fim da temporada de chuvas – e também no início dela – muitas queimadas são provocadas pela queda de raios.
Mas o pesquisador aponta que as queimadas naturais não são tão severas quanto as queimadas criminosas. “As labaredas provocadas pelo homem, além de devastar a fauna e a flora, afetam o turismo e o comércio local, assim como a saúde da população”, explica.