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Brasil, EUA e Índia: onde o coronavírus ressurge (ou acelera) no mundo

O primeiro registro de infeccção por coronavírus foi feito na China em dezembro. Seis meses depois, chega a 9 milhões o número de casos no mundo

Pessoas usam máscara na Estação da Luz, São Paulo, em 22 de junho de 2020. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Assim que conseguiram achatar as curvas de números de casos de covid-19 — cada um em seu tempo—, países começaram a relaxar gradativamente as regras de distanciamento social adotadas durante a pandemia do coronavírus.

Aconteceu na China, Itália, Alemanha, nos Estados Unidos e até no Brasil, onde a curva ainda é ascendente. Todos foram permitindo que a economia voltasse a funcionar. De umas semanas para cá, porém, a doença tem tido novos avanços, o que acendeu um sinal de alerta no mundo. O primeiro caso veio a público em dezembro. Desde então, chega a 9 milhões o número total contaminações.

No centro das atenções agora está os Estados Unidos, que tiveram ontem a quarta maior marca de novos casos de coronavírus em 24 horas. Foram mais 34.313 contaminações, o maior número desde 23 de abril, quando houve  novas 37.144 infecções.

A abertura apressada no país tem se refletido em novos focos da doença, sobretudo em estados do sul e do oeste, como Texas, Califórnia e Flórida, onde a capacidade do sistema de saúde chega perto do limite novamente.

Para medir se a doença está avançando num país, os especialistas usam como base o número de casos novos em um dia. Se for menor em relação ao dia anterior por vários dias seguidos, significa que a curva está se achatando.

No Brasil, que atingiu o marco sombrio de 1 milhão de casos na semana passada, esse movimento vem sendo observado em dezenas de estados desde o fim de abril. Com a reabertura do gradativa do comércio, a queda do número de casos foi revertida em algumas regiões. O país já é o segundo em número de mortes, perdendo só para os Estados Unidos.

O Brasil é o país que mais registrou mortes e casos no período de um dia. Nesta quarta, foram mais 1.103 vítimas em 24 horas e 40.995 novos casos. O país tem como agravante o fato de ser o país que menos testa no mundo. O baixo número de testes em comparação com o tamanho da sua população mascara a realidade: Pode chegar a 8 milhões o número real de casos de covid-19 no país, indica estudo.

Na Índia, país mais populoso do planeta, as autoridades de Saúde anunciaram um aumento recorde de mortes por dia de terça para quarta-feira: 465, levando para 14.476 o número de vítimas da pandemia no país.

Assim como no Brasil, a Índia também faz poucos testes na população, o que faz especialistas alertarem para a existência de uma forte subnotificação. A dificuldade de acessar a população que precisa dos serviços de saúde também é um problema.

Na lista de países que mais sofrem com a covid-19, a Índia vem em quarto, com 456,.83 casos e 14.476 mortes, atrás de EUA, Brasil e Rússia.

A Alemanha, vista inicialmente como modelo de cobate ao vírus, também sofre com o temor de uma nova onda de contaminação.  Alguns distritos, como é o caso do distrito de Gütersloh, no oeste do país, onde 1.553 funcionários de um frigorífico testaram do positivo para a doença, voltaram a endurecer as regras para evitar uma nova onda.

Em Gütersloh, até a segunda ordem, restaurantes, bares  e cinemas voltaram a ser proibidos de abrir. A prática de esportes e outras atividades em locais fechados também foram proibidas. Esse não foi o primeiro frigorífico a apresentar esse tipo de problema no país, o que esquentou o debate sobre as condições de trabalho dos funcionários do ramo.

A Alemanha tem 192.871 casos confirmados de coronavírus e 8.933 mortes, segundo contagem da Universidade americana Johns Hopkins.

A Universidade monitora a evolução dos surtos nos 10 países mais afetados. Atualmente, estão na lista Brasil, México, EUA, Índia, Irã, Colômbia, Iraque, África do Sul e Bangladesh.

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