Entre os mortos nos atentados estão pessoas da Alemanha, Estados Unidos, China, Peru, Marrocos, Holanda, França, Grã-Bretanha e Bélgica
Três dias após os atentados de Bruxelas, a morte de cidadãos de nove nacionalidades puderam ser confirmadas pelas autoridades dos respectivos países, a medida que são identificados os 31 corpos recuperados.
De acordo com o ministério holandês das Relações Exteriores, ao menos três vítimas são holandesas. A emissora pública NOS afirma que são eles Alexander Pinczowski e sua irmã Sascha Pinczowski, ambos com 21 anos. Os irmãos viviam em Nova York e estavam prestes a embarcar em um voo para os Estados Unidos. A terceira vítima é Elita Weah, de 41 anos, que ia para o funeral de seu padrasto em Boston, nos Estados Unidos.
O governo britânico confirmou a morte de David Dixon, um técnico em informática de 51 anos, residente na Bélgica e que estava desaparecido desde os ataques. Em Paris, a chancelaria anunciou a morte de um cidadão francês. Um homem chinês, dois americanos e uma mulher alemã também estão entre as vítimas identificadas.
As mortes, anunciadas nesta sexta-feira, somam-se às já confirmadas até agora: a peruana Adelma Marina Ruiz Tapia, de 37 anos, morta no aeroporto onde estava com o seu marido belga e seus filhos gêmeos. Uma cidadã marroquina, cujo nome não foi divulgado, também morreu. Ela estava no metrô. Ao menos dois cidadãos belgas morreram no metrô. Trata-se de Olivier Delespesse, de 45 anos, um funcionário público da Federação de Valônia-Bruxelas, e Leopold Hecht, um estudante de direito de 20 anos da Universidade Saint-Louis de Bruxelas.
O trabalho de identificação pode ainda demorar, advertiu na quinta-feira Michaël Jonniaux, porta-voz da polícia federal, porque trata-se de uma “catástrofe aberta, não existe uma lista de pessoas que estavam no metrô, como pode haver uma lista de passageiros para um acidente de avião, por exemplo”. Outra dificuldade para os especialistas se deve à violência das explosões, que danificou muitos corpos. Por fim, as diversas nacionalidades envolvidas tornam difíceis a recuperação de dados.
Como nos ataques terroristas de Paris, em novembro, os apelos por notícias se multiplicam nas redes sociais. No Facebook, parentes da belga Aline Bastin, 29 anos, estão à procura da jovem que estava na estação de metrô no momento da explosão. O mesmo acontece com outros desaparecidos. Para ajudar as famílias, o governo belga estabeleceu uma linha telefônica de emergência, 1771.
Entre os desaparecidos, Bart Migom, um estudante de 21 anos que deveria voar para os Estados Unidos para encontrar sua namorada, Emily Eisenman. “Ele me mandou uma mensagem no trem para o aeroporto de Bruxelas. Ele deveria me enviar uma foto de seu cartão de embarque, mas nunca o fez”, declarou a um televisão americana.
Além das 31 vítimas, os ataques no aeroporto e no metrô de Bruxelas fizeram 300 feridos, entre portugueses, franceses, britânicos e marroquinos. O ex-jogador de basquete Sebastien Bellin, brasileiro naturalizado belga, também está entre os feridos.
(Da redação com agência France-Presse)