O sistema, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, recebeu 174 milímetros de chuva em setembro e já superou a média histórica do mês, de 160,4 mm. O acumulado já é o maior desde 2011, quando foram registrados 177,3 mm em 30 dias.
Entre os demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo, apenas Alto Cotia e Rio Claro também subiram. Guarapiranga e Rio Grande caíram, e o Alto Tietê ficou estável.
O índice de 18,9% considera o volume acumulado em relação ao volume útil. Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira e era de 14,6% nesta terça. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil e era de -10,4% nesta manhã.
Volume Morto
A Sabesp acredita que o Cantareira deve sair do volume morto no fim de abril de 2016. A probabilidade de isso ocorrer é de 97,6%, informou a companhia nesta segunda-feira (16). A estimativa leva em consideração dados históricos dos últimos 85 anos. Apesar disso, a empresa reafirma que é importante continuar economizando água.
Balanço de inverno
O Cantareira teve o inverno mais chuvoso desde 2009, segundo levantamento do G1 feito com base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A estação, que começou em 21 de junho, terminou às 5h20 do dia 23.
O manancial recebeu 188,9 milímetros de chuva no período, maior marca dos últimos seis anos.
A precipitação é 82% maior que a do inverno do ano passado, quando choveram 103,5 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atrás: 323,8 mm, em 2009.
Apesar do balanço positivo de chuvas, o sistema seguiu perdendo água durante a estação e ainda está operando no volume morto.