Para minimizar o contato com médicos e enfermeiros, o país africano tem usado três robôs para realizar tarefas simples, como medir a temperatura
Nas instalações de tratamento contra o novo coronavírus em Kanyinya, cidade próxima à capital Kigali, em Ruanda, Akazuba, Ikizere e Ngabo se reúnem para o serviço, mas estes não são profissionais de saúde comuns.
Em uma tentativa de minimizar o contato entre pacientes infectados com o coronavírus e médicos e enfermeiros, o país tem usado três robôs para realizar tarefas simples, como medir a temperatura e monitorar os pacientes.
Os elegantes robôs brancos, com grandes olhos azuis brilhantes e uma aparência bastante humana, foram doados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e estão ajudando os trabalhadores da linha de frente a enfrentar a crise no país da África Oriental, que até agora tem 355 casos confirmados da doença.
“Os três robôs que temos são parte da equipe de tratamento”, disse David Turatsinze, médico da unidade de 75 leitos, que abrigava 65 pacientes quando a equipe da Reuters visitou.
Ao transmitir mensagens aos médicos e ajudar a equipe a avaliar a eficácia de suas decisões clínicas, os robôs reduzem o número de visitas que os médicos precisam fazer.
Francine Umutesi, engenheira biomédica que trabalha como especialista em operações de tecnologia em saúde no ministério da saúde, disse que os robôs foram os primeiros na África e tinham potencial para oferecer ainda mais apoio às equipes médicas.
“Isso não remove as tarefas que os médicos devem fazer, apenas complementa seus esforços”, disse ela.
Ruanda já usa drones para entregar sangue de modo a reduzir a propagação da covid-19.
Existem mais dois robôs em outro centro de tratamento da covid-19 do país. Autoridades disseram que os robôs serão programados para realizar tarefas adicionais. “No futuro, pode ser muito útil se eles forem programados para medir a pressão arterial e o açúcar (no sangue)”, disse Turatsinze.