Uma nova chuva interrompeu três dias seguidos de queda do Sistema Cantareira e manteve o volume dos mananciais em 6,8% nesta quinta-feira (8), o mesmo do dia anterior. O conjunto de represas, que abaste 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, recebeu precipitações em sete dos oito dias deste ano, mas o acumulado do mês, de 32,6 milímetros, ainda representa apenas 16,8% da média histórica de janeiro.
Chuvas também ajudaram a manter o nível de em três dos outros cinco sistemas que abastecem a Região Metropolitana. Nos dois conjuntos de mananciais restantes não houve precipitação e o volume acabou caindo.
Confira os níveis dos outros reservatórios dos sistemas que abastecem municípios do estado de São Paulo registrados:
Alto Tietê: permaneceu em 11,7%;
Guarapiranga: permaneceu em 39,9%;
Alto Cotia: permaneceu em 30,9%;
Rio Grande: caiu de 71,6% para 71,3%;
Rio Claro: caiu de 29,3% para 29%.
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Dezembro
Junto com o ano, terminou também o melhor mês do Cantareira em 2014. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.
Dezembro também foi o melhor mês em número de dias sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.
Perda foi de quase meio trilhão de litros
O Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. O ano começou com o nível do reservatório em 27,2% e terminou com 7,2%.
Porém, com a utilização das duas cotas do volume morto (a primeira elevou o manancial em 18,5 pontos percentuais e a segunda em 10,7 pontos percentuais) é como se os reservatórios tivessem iniciado 2014 com um volume acumulado de 56,4%. Assim, a queda foi 49,2% durante o ano, o número representa 492 bilhões de litros. De acordo com estimativas da Sabesp, o reservatório tem capacidade de armazenar 1 trilhão de litros, quando está com 100% do seu nível.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema abastece atualmente 6,5 milhões de pessoas na Grande SP.
Mudança na Sabesp
O novo secretário de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, Benedito Braga, anunciou nesta quinta-feira (1º) que o engenheiro Jerson Kelman será o novo presidente da Sabesp, companhia de saneamento básico responsável por fornecer água para boa parte do estado.
Kelman é engenheiro civil com especialização em hidráulica, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e professor da Coope-UFRJ.
Multa
Na cerimônia de posse da nova equipe de governo, o secretário Benedito Braga afirmou que será avaliada a possibilidade de elevar os percentuais da atual multa para os consumidores que aumentarem o consumo de água, com novas escalas.
Braga disse que, antes da aplicação de eventuais novas sanções, dará um prazo de 2 meses para avaliar os efeitos da atual sobretaxa, em vigor desde o dia 1º.
A multa que começou a vigorar neste ano prevê que quem aumentar o consumo em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem gastar mais que 20%, vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como “tarifa de contingência”.
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.
O governo de São Paulo irá aplicar multa, a partir de 1º de janeiro, para quem aumentar o consumo de água em São Paulo. Quem aumentar em até 20% vai pagar 20% a mais; já quem gastar mais que 20% vai ter aumento de 50%.
O percentual será calculado com base na média de fevereiro de 2013 até janeiro de 2014. A média já aparece na conta dos consumidores. A meta do governo é reduzir 2,5 metros cúbicos por segundo de consumo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que a medida seja uma multa ao consumidor. Ele define o ônus como “tarifa de contingência”.
Com a medida, a multa será aplicada da seguinte maneira: um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais. O consumidor que elevar o gasto passará a ser cobrado na conta de fevereiro.
Fonte: G1