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segunda-feira, 23/12/24
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Comerciantes comemoram aumento das vendas nos últimos dias do ano

Confiança do consumidor e a redução da inflação contribuíram para o aumento de 5,5% nas vendas. A última semana do ano é de esperança para os comerciantes que não bateram as metas e pretendem atrair o cliente com as liquidações

 
O feriado de Natal termina com lucro no comércio no Distrito Federal. Este ano, o faturamento foi 5,5% superior se comparado com o mesmo período do ano passado. A corrida pelo lucro ainda não terminou. E quem não bateu as metas já deu a largada para incrementar os ganhos entre trocas e aquisições para o ano-novo.


Gerente de uma loja de sapatos, Getúlio da Silva comemora o faturamento 10% maior que no ano passado

A redução dos juros e da inflação, o aumento do poder aquisitivo e a estabilidade econômica são os fatores que impulsionaram o crescimento das vendas, de acordo com o diretor administrativo do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Sebastião Abritta. “No DF, temos uma renda per capita elevada, comparada a outros estados e isso, associado a melhoria na conjuntura econômica, contribuiu para esse aumento”, afirma.

Os R$ 7,5 milhões injetados na economia por conta do pagamento do 13º salário pesou positivamente. E a confiança do consumidor este ano está melhor do que no mesmo período do ano passado.  Mas nem todos ficaram satisfeitos. Mesmo com o balanço positivo do setor, alguns comerciantes não conseguiram atingir as metas para 2017. As expectativas de Gilvanice Bispo, 46, gerente de uma loja de roupas no Setor de Diversões Norte, não se concretizaram. “A loja teve um fluxo grande de pessoas, mas houve mais pesquisa de preço do que compras. Então, para nós, as vendas foram iguais às do ano passado”, lamenta.
Mesmo com o crescimento das vendas, o gasto médio do brasiliense diminuiu de R$ 220, em 2016, para R$ 217, em 2017. Na manhã de ontem, o movimento das lojas na área central de Brasília ainda era tímido. Porém, o começo das liquidações e o corre-corre para trocar presentes já movimentava o cenário do comércio brasiliense. Gerente de uma loja de sapatos do Conjunto Nacional, Getúlio da Silva, 29, comemorava o sucesso nos negócios. “Tivemos um aumento de cerca de 10% em relação ao ano passado”, estima. Ele conta que as liquidações foram antecipadas em 2017 e a expectativa de que o estabelecimento fature 12% a mais até a virada do ano. “Vamos aproveitar o movimento dessa época festiva, pois muitas pessoas esperam a última semana para comprar”, afirma.
A expectativa de Getúlio é corroborada pelo Sindivarejista. De acordo com o sindicato, o movimento nas lojas da capital vai continuar aquecido. Sebastião Abritta destaca que os comerciantes devem aproveitar o período de troca de presentes para vender mais. “Muitos lojistas trocam a coleção durante esse período e fazem liquidações. Com isso, podemos ter um fechamento positivo”, comenta.

26/12/2017. Crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília – DF.Cidades. Comerciantes falam sobre balanço de vendas de fim de ano. Gilvanice Bispo, gerente de loja no Conjunto Nacional

Trocas

Moradora do Jardim Botânico, a corretora de imóveis Raquel Leastro, 57, decidiu realizar a troca por conta de um defeito na peça. “Quero um modelo igual ao vestido que meu marido me deu, porque ficou lindíssimo em mim. Só estou trocando mesmo porque o vestido teve um pequeno defeito”, disse.
Já a moradora de Vicente Pires Cristina Kênia Silva, 39, analista de sistemas, decidiu escolher outro modelo de roupa. “Uma amiga me deu um vestido de presente, apesar de muito bonito, ele ficou curto demais, porque sou alta. Então decidi trocar por uma roupa que eu possa usar no dia a dia”, avaliou.
Os itens mais procurados durante o Natal foram roupas, calçados, brinquedos e utensílios para o lar. Apesar de 2018 ser ano de Copa do Mundo, os aparelhos de televisão não aparecem entre os itens mais comprados, mesmo com o aumento de 7 % nas vendas. A maior parte dos consumidores, 96%, usaram o dinheiro de plástico em suas aquisições, seja no crédito, seja  no débito.

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