Estudo aponta que cães e gatos são responsáveis por 25% a 30% do impacto ambiental gerado pelo consumo de carne nos Estados Unidos
Em comparação a uma dieta baseada em plantas, a carne requer mais energia, terra e água para ser produzida e tem maiores consequências ambientais em termos de erosão, pesticidas e resíduos, observou Okin. Estudos anteriores já haviam determinado que a dieta dos cidadãos americanos produz o equivalente a 260 milhões de toneladas de dióxido de carbono, originadas na produção pecuária. Okin determinou quantas toneladas de gases de efeito estufa estão ligadas a alimentos destinados aos animais de estimação ao calcular e comparar a quantidade de carne que 163 milhões de gatos e cachorros comem contra 321 milhões de americanos.
Okin afirma que alguns dos produtos em alimentos para animais de estimação são mais adequados para consumo humano. Em sua pesquisa, ele confirmou que as comidas premium para cães e gatos geralmente contêm mais produtos de origem animal do que as comuns, e que a busca por esse tipo de ração está aumentando. Isso significa que os animais de estimação estão comendo cada vez mais cortes de carne adequados para humanos.
“Um cachorro não precisa comer bife”, disse o pesquisador. “Ele pode comer coisas que um humano não pode. Então, e se pudéssemos transformar alguns desses alimentos para animais em comida para pessoas?”. Segundo ele, se apenas um quarto da carne em alimentos para pets fosse consumida por seres humanos, seria possível alimentar mais 26 milhões de americanos, quase a população do Texas. Isso reduziria drasticamente a produção nacional de carne e os impactos gerados por ela.
Ainda assim, a esperança pode estar na própria indústria de alimentos para pets. Segundo ele, alguns passos já começaram a ser dados em relação a tomar medidas de sustentabilidade e que podem reduzir o consumo excessivo de carne por parte dos bichinhos, especialmente ao considerar fontes alternativas de proteína na fabricação das rações.