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sexta-feira, 15/11/24
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Condenação de separatistas reacende conflitos na Catalunha

Na prática, os separatistas esperam que o anúncio das sentenças que os condenou a mais de uma década de prisão ajude a revigorar o movimento

A Catalunha voltou a ter protestos de grandes proporções na última segunda-feira (14) depois que nove líderes separatistas foram condenados a até 13 anos de prisão. A capital da região, Barcelona, concentrou as manifestações, que devem se repetir também nesta terça.

Houve confronto entre os manifestantes e a polícia no aeroporto local, que foi alvo dos protestos. Cerca de 10% dos voos acabaram cancelados por conta da confusão. As penas aplicadas pela Suprema Corte espanhola reacenderam um conflito que havia arrefecido nos últimos meses.

Depois de atingir o pico de tensão em 2017, durante a realização do referendo separatista não autorizado pelo governo central, as relações entre o estado mais rico da Espanha e o resto do país seguiam numa toada menos hostil.

A troca no governo central, com a chegada dos socialistas e a saída dos conservadores também ajudou – mas isso não significa que o PSOE está preparado para fazer concessões ao movimento separatista. Pelo contrário. Dificilmente os socialistas devem carregar a mão como o PP fez em 2017 na repressão aos ativistas catalães.

Mas, desde a última campanha, o partido de Pedro Sanchez insiste que também pode intervir na Catalunha caso a região decida convocar um novo referendo separatista sem apoio do governo central. Mas é justamente essa a esperança dos líderes políticos condenados ontem.

Na prática, eles esperam que o anúncio das sentenças que os condenou a mais de uma década de prisão ajude a revigorar o movimento separatista.

O ex-líder da Catalunha, Carles Puigdemont, teve um novo pedido de prisão emitido contra ele na segunda-feira – e o mandado vale para toda a Europa. Puigdemont fugiu para a Bélgica após o referendo separatista. Ele acusa o judiciário espanhol de perseguição por promover um julgamento político.

Os separatistas insistem que o governo central precisa intervir no caso, talvez até com uma anistia – para acalmar os ânimos outra vez. Mas o primeiro-ministro ainda não demonstrou muita disposição para isso.

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