Entidade diz que setor vem tornando gradualmente menos pessimista. Confiança do setor de serviços também subiu em junho, pela quarta vez seguida
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) Brasil subiu pelo segundo mês seguido em junho e atingiu o nível mais alto desde maio do ano passado, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quinta-feira. O Icom avançou 2,8 pontos e chegou a 73,7 pontos em junho, patamar mais elevado desde os 75,3 pontos registrados em maio de 2015. O resultado é composto da alta de 3,3 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 83,6 pontos, maior patamar desde janeiro do ano passado (84,9); e do ganho de 2,4 pontos do Índice da Situação Atual (ISA), para 64,9 pontos.
“A combinação de relativa estabilização do Índice da Situação Atual e alta expressiva do Índice de Expectativas no ano sugere que o ritmo de queda do consumo vem se arrefecendo em 2016 e que o setor vai se tornando gradualmente menos pessimista em relação à evolução futura da economia”, disse em nota o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr. Ele destacou, entretanto, que se os níveis elevados de incerteza política permanecerem isso pode dificultar novos avanços da confiança.
Serviços – Já o Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta em junho pela quarta vez seguida diante da forte melhora das expectativas e chegou ao maior nível em um ano, segundo a FGV. Após a alta de 1,9 ponto, o ICS alcançou 72,4 pontos em junho, maior nível desde o mesmo mês do ano passado. O principal responsável pelo resultado desse mês foi o Índice de Expectativas (IE-S), que subiu 3,0 pontos e foi a 78 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA-S) ganhou 1,0 ponto, chegando a 67,5 pontos.
“A melhora tem sido sustentada pela contínua redução do pessimismo em relação aos meses seguintes e tem um perfil disseminado entre os diversos segmentos pesquisados, incluindo uma sinalização de arrefecimento no ritmo de cortes previstos para o quadro de trabalhadores”, explicou em nota o consultor da FGV/Ibre, Silvio Sales.
(Com agência Reuters)