O Correio preparou um guia de dicas e informações para que a população tire dúvidas e saiba o que fazer em tempo de pandemia de coronavírus. Uma das principais recomendações é manter a higienização das mãos e evitar aglomerações
No detalhe
Incubação e transmissão
O período de incubação, ou seja, o tempo que leva para o aparecimento dos primeiros sintomas, varia de dois a 14 dias, sendo o período médio de 5 dias. A transmissão é possível apenas enquanto duram os sintomas e acontece, principalmente, por gotículas respiratórias (saliva) ou contato. Espirros, tosses, catarro, abraços, apertos de mão ou o contato com superfícies contaminadas também podem transmitir a doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissibilidade acontece, em média, sete dias após o surgimento dos sintomas. No entanto, podem ocorrer também em casos assintomáticos. Qualquer pessoa em contato a menos de um metro de distância com alguém que apresente os sintomas respiratórios está sob risco de infecção.
Proteção e cuidados
Algumas ações simples são recomendadas para reduzir as chances de ser infectado ou de transmitir o vírus. Uma das principais é lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, principalmente antes de ingerir alimentos ou após utilizar transporte público e visitar locais com grande fluxo de pessoas. Essa ação pode ser substituída pela utilização de álcool e gel a 70%.
Também não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos. Não toque nas mucosas dos olhos, nariz e boca sem antes higienizar as mãos. Mantenha os ambientes bem ventilados e evite o contato com pessoas que apresentem os sintomas da doença. Ao tossir, cubra a boca com a dobra do cotovelo, jamais com as mãos. Outra opção é proteger boca e nariz com um lenço de papel descartável e higienizar as mãos imediatamente.
Ao procurar uma unidade de saúde
Segundo a OMS, pessoas com febre, tosse e dificuldades respiratórias devem procurar assistência médica. A Opas recomenda que quem viajou para áreas onde circula o vírus, ou esteve em contato com alguém diagnosticado, ou que apresente febre, tosse ou dificuldade para respirar, busque atendimento médico imediato. A automedicação é contraindicada.
Para determinar o padrão de atendimento em casos suspeitos de coronavírus, a Secretaria de Saúde elaborou um plano de contingência. As normas seguem aquelas adotadas em fase de contenção, na qual o Brasil se encontra atualmente. Casos suspeitos são aqueles em que a pessoa esteve em um dos países definidos pelo Ministério da Saúde como os de maior risco para contágio da Covid-19, ou daqueles que tiveram contato com esses viajantes.
No DF, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) disponibiliza o telefone (61) 99221-9439 para assistência profissional à população. Pelo número, é possível solicitar a visita de um técnico para coleta de material em caso suspeito de coronavírus.
Uso de máscaras
De acordo com a OMS, apenas utilize a máscara se você estiver infectado pela Covid-19 e apresente os sintomas (especialmente tosse), ou se estiver cuidando de alguém que pode estar infectado. Se não é o caso, trata-se de desperdício de material. Máscaras descartáveis podem ser usadas uma única vez. Antes de colocá-la, limpe as mãos com álcool em gel ou com água e sabão. Cubra a boca e o nariz e certifique-se de que não há vãos entre o rosto e a proteção. Evite tocar na máscara durante o uso. Se fizer isso, higienize as mãos em seguida.
Medicamentos e tratamento
Animais: contágio e transmissão
Exames na rede pública e privada
As unidades de atendimento da rede pública referências no atendimento do novo coronavírus são, de acordo com o governo, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) (foto) e o Hospital de Base do DF. Nessas unidades, pacientes com sintomas do vírus são submetidos ao teste gratuitamente. Mas a população também poderá solicitar o atendimento domiciliar pelos telefones 190, 192, 193 e 199. Os números foram anunciados ontem pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) como canais para contato com as oito equipes de saúde que serão montadas pelo governo para atender a população, além do Aeroporto Internacional de Brasília e da Rodoviária Interestadual.
Na rede privada, os convênios médicos se adaptam às novas normas determinadas pelo Ministério da Saúde no início da semana. No Sabin, os convênios do TJDFT, da Brasal Combustíveis, da Brasal Refrigerantes e Care Plus estão regulamentados. O Exame, por ora, oferece o serviço apenas particular, ao custo de R$ 280. No Sabin, o teste custa R$ 280 nas unidades físicas, e R$ 350 para coleta domiciliar, acrescido de taxa de R$ 40. Todos os testes são feitos mediante um pedido médico.