Carta de assassino que matou filho, ex-mulher e mais 10 pessoas em Campinas, durante festa de Réveillon, demonstra transtorno de Sidnei Ramis de Araújo.

O técnico de laboratório deixou áudios gravados tentando justificar o crime – o material foi obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Nos áudios, Sidnei nega as acusações de abuso ao filho, diz que é vítima de injustiça e xinga inúmeras vezes a ex-mulher. “Quero pedir desculpa para a polícia, resgate. Vou gerar muito transtorno para vocês. Vocês não vão nem conseguir almoçar direito. Não dá, não consigo mais suportar tudo isso. Essa vadia me sacaneou demais. Existem coisas na nossa vida que não aceitamos. Essa mentira é uma delas. Ela sabe que eu nunca ia fazer nada para o João Victor, mas o problema é que hoje as leis são tudo para essas vadias, ordinárias, que querem o filho só para elas. Elas querem o filho, mas não querem perder a pensão”, diz trecho do áudio.

A psiquiatra forense, Katia Mecler, analisou o caso: “o que me chamou mais atenção foi o conteúdo paranoide na carta. Não sei se estava com o juízo da realidade completamente alterado ou se já era uma pessoas com características de personalidade paranoide”.

O criminalista, Sergei Cobra Arbex, avaliou o fato da mulher denunciá-lo seis vezes na Polícia. “Eu não vou me colocar com uma postura de que a Justiça e Polícia tinham obrigação de evitar o crime, quando se trata de alguma coisa de psicopatia. Mas também jamais vou deixar de exigir do Estado o máximo em matéria de segurança. Neste caso não foi feito o máximo”, criticou.

Sidnei Ramis de Araujo chega a afirmar na carta deixada: “eu morro por justiça, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar”.

*Informações do repórter Marcelo Mattos – Jovem Pan