Moscou enviou a Washington e aliados seus tratados sobre garantias de segurança destinados a reduzir as tensões entre o Estado russo e o bloco ocidental no ano passado, mas para autoridade europeia, “sobre a Rússia, conversamos depois”.
O chefe de relações exteriores da União Europeia, Josep Borrell, disse que o fim do conflito entre Kiev e Moscou será alcançado por meio de “garantias de segurança para a Ucrânia” e não para a Rússia.
“Quanto à Rússia, falaremos sobre isso mais tarde”, disse o principal diplomata da UE aos participantes de um simpósio em Paris na segunda-feira (5) segundo o EURACTIV.
“O fim deste conflito terá que ser feito em conformidade com a legalidade internacional”, acrescentou Borrell, alegando que isso incluiria Moscou sendo obrigada a pagar “reparações” a Kiev, enfrentar julgamentos de “crimes de guerra” e retirar suas forças.
O chefe da política externa do bloco europeu também disse que a crise na Ucrânia solidificou o lugar ucraniano no bloco europeu.
“Está escrito. A história decidiu por nós”, disse.
Os comentários de Borrell acontecem logo após o presidente francês, Emmanuel Macron, dizer no sábado (3) que ele e seu homólogo norte-americano, Joe Biden, buscaram desenvolver “a arquitetura de segurança na qual queremos viver amanhã” e discutiram “garantias de segurança para a Rússia”, caso Moscou queria “voltar à mesa” para as negociações.
O presidente francês recebeu críticas de Kiev por causa de seus comentários, mas rejeitou as objeções das autoridades ucranianas: “Acho que não devemos […] tentar criar controvérsia onde não há nenhuma”, disse ele em uma cúpula em Tirana, na Albânia, na terça-feira (6).