A perda dos sentidos requer auxílio rápido, mesmo em casos de menor gravidade. Vídeo disponível nas redes sociais do CBMDF mostra o que fazer antes e depois de uma síncope
O desmaio nada mais é do que uma defesa do organismo que, de alguma forma, ficou sobrecarregado. As causas podem ser variadas, indo de um simples jejum prolongado até problemas cardíacos mais graves
Palidez, sudorese, tontura, visão turva. É assim que um desmaio anuncia sua chegada. Essa perda momentânea de consciência exige reação rápida de quem está perto da vítima – ainda que não indique necessariamente uma doença, a possível queda pode machucar bastante. Para ajudar nos primeiros socorros, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) produziu para suas redes sociais um vídeo ensinando como agir ao presenciar uma síncope.
O desmaio nada mais é do que uma defesa do organismo que, de alguma forma, ficou sobrecarregado. As causas podem ser variadas, indo de um simples jejum prolongado até problemas cardíacos mais graves. Mas a reação do corpo diante da situação extrema é a mesma: o fluxo sanguíneo no cérebro diminui, a oferta de oxigênio cai e a pessoa perde os sentidos.
Aos primeiros sinais que antecedem uma síncope, deve-se colocar a vítima sentada e bem amparada. De acordo com o cabo Estevão Aguiar, socorrista do 22º Grupamento de Bombeiros Militar, em Sobradinho, essa é a hora certa para iniciar um movimento de contrapressão. “A pessoa precisa abrir as pernas e colocar a cabeça perto dos joelhos”, ensina o socorrista. “Enquanto ela força a cabeça para cima, quem está prestando socorro pressiona para baixo”.
Enquanto algumas atitudes ajudam a preservar a saúde da vítima, outras podem agravar a situação. Tentar acordar a pessoa desmaiada jogando água no rosto, prática popularizada em filmes e novelas, não é recomendado
Outros movimentos, como pressionar uma mão contra a outra em frente ao corpo, também ajudam a aumentar a circulação de sangue no cérebro. Mas essas manobras são possíveis apenas quando a pessoa dá indícios de que irá perder a consciência. Se a pressão cair e o corpo não conseguir aumentar a frequência cardíaca para compensar, a síncope vem sem aviso prévio.
Caso encontre a vítima já desmaiada, checar a respiração é a primeira providência a ser tomada. “Se estiver respirando normalmente, procure elevar suas pernas”, sugere Aguiar. “Isso aumenta o fluxo sanguíneo na cabeça e ajuda a recobrar os sentidos”. Vale também afrouxar cintos, golas ou qualquer peça de roupa que provoque constrição.
O que não fazer
Enquanto algumas atitudes ajudam a preservar a saúde da vítima, outras podem agravar a situação. Tentar acordar a pessoa desmaiada jogando água no rosto, prática popularizada em filmes e novelas, não é recomendado. Segundo a cardiologista e instrutora do Samu Lorena Amaral, o risco de afogamento é real. “A água pode ser aspirada e ir parar no pulmão, mesmo que em pouca quantidade”, alerta.
Introduzir os dedos ou qualquer outro objeto na boca da vítima de desmaio também é perigoso. “Se não estiver totalmente inconsciente, ela pode morder com força suficiente para machucar”, explica. “O melhor para evitar engasgos é colocar a pessoa de lado, em posição de recuperação”. Lorena lembra que, qualquer que seja a situação, é importante ligar para o Samu (192) ou para o Corpo de Bombeiros (193) em busca de atendimento especializado.