Corpo de garoto morto afogado é liberado do IML após 16 horas, diz pai

Publicado por Redação em

Menino de 14 anos morreu em açude em Iaras (SP) quando nadava com amigos. Corpo foi achado na terça-feira (18) e liberado nesta quarta-feira (19).

O corpo de um menino de 14 anos que morreu afogado na terça-feira (18) em Iaras (SP) demorou 16 horas para ser liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Avaré (SP) para o velório e enterro, afirma o pai do adolescente, o pedreiro Edison Donizete da Silva Oliveira. “É muito triste. Você paga tanto imposto, paga tanto imposto para ter nada. Meu filho morreu dentro de um buraco, e agora?”, lamenta emocionado.

A Superintendência de Polícia Técnico-Científica de São Paulo informou, por meio de nota, que lamenta a demora na liberação do corpo do adolescente e que encaminhará o caso para apuração à Corregedoria da Polícia Civil. Já a diretoria do IML disse que estuda o remanejamento de funcionários para reforçar a equipe em Avaré.

O menino se afogou quando nadava com amigos em um açude próximo à Rodovia Castello Branco (SP-280), na entrada da cidade. A vítima foi achada por bombeiros às 19h30 de terça-feira, após horas de procura. Em seguida, o corpo foi levado ao IML de Avaré onde só foi liberado às 12h desta quarta-feira (19), afirma o pai.

Instituto Médico Legal de Avaré (Foto: Reprodução/ TV TEM)

“Mandaram eu estar 8h30 aqui para trazer a roupa dele, tudo. Cheguei aqui às 9h30 e o médico ainda não tinha feito nada. Ele estava em uma maca, lá estendido. E me falaram que o médico iria demorar um pouco. Ao meio-dia o médico chegou e foi liberado 12h30. Agora ele vai para a funerária e demora duas horas para ficar pronto. Para Iaras vai às 3h (da tarde) e enterrado às 6h (da tarde). Demoraram 20 horas para fazer perícia no meu filho”, reclamou no início da tarde.

O chefe da perícia do IML de Avaré justificou que o tempo de espera deve-se ao fato do baixo número de funcionários. Segundo o chefe da perícia, somente dois médicos legistas atendem todos os dias uma região de mais de 15 municípios. Ainda de acordo com ele, o tempo mínimo pra iniciar uma autópsia é de seis horas, mas esse tempo pode variar dependendo do caso. Disse ainda que durante a madrugada o trabalho de autópsia não costuma ser feito no IML da cidade.

Pai do menino diz que esperou 17 horas para IML liberar corpo do filho (Foto: Reprodução/ TV TEM)

 
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