Falar ao celular, não dar a seta, usar fone de ouvido, dirigir alcoolizado ou até mesmo o cansaço do dia a dia são causas de acidentes que podem ser fatais. O trânsito é o responsável pelo maior número de mortes de crianças e adolescentes por acidentes no país. Desacompanhados, sem noção de tempo e espaço, pouca experiência no trânsito; visão periférica limitada e a pequena estatura faz com que acabem não sendo vistos pelos motoristas, quando os pequenos são os pedestres.
De acordo com estatísticas do Detran, no Distrito Federal, até o mês de agosto, 86 pessoas morreram em vias urbanas. Destas, 10% são crianças, seja por atropelamento ou por acidente com veículo. Os acidentes de trânsito representam a primeira causa de morte e a terceira de hospitalização de crianças de um a 14 anos no Brasil.
“Perder um filho jovem não é fácil”, declara Luzia Farias, 42 anos, que perdeu seu único filho, Gusttavo Farias, 9 anos, atropelado enquanto voltava da escola para casa, na Estrutural, no DF. “Ele passava pela faixa de pedestres, mas o motorista estava em alta velocidade e não o viu, ou não conseguiu frear, e foi direto na direção dele. Ele chegou a ser socorrido, mas acabou morrendo. É uma dor sem fim”, disse a mãe, que
reforçou o cuidado no trânsito depois da fatalidade. “Eu sempre olho várias vezes antes de atravessar uma rua. Sempre procuro as passarelas”, declarou.
No mês de setembro, o Distrito Federal registrou uma redução de 50% na quantidade de mortes no trânsito, se comparado ao mês de setembro do ano passado. Foram 17 mortes em acidentes de trânsito 2015, contra 34 pessoas em 2014. O acidente é uma séria questão que pode ser solucionada em 90% dos casos com ações de prevenção como a disseminação de informações sobre o tema, mudança de comportamento, políticas públicas que assegurem infraestrutura e ambientes seguros para o lazer, legislação e fiscalização adequadas.
ACIDENTES – O Corpo de Bombeiros registrou dois atropelamentos de criança neste domingo (15). Em Taguatinga Norte, um garoto de 9 anos foi atingido por um motorista de 29 anos e sofreu traumas no rosto. Ele foi levado ao hospital da região, na companhia dos pais. Três veículos e 11 bombeiros foram deslocados para o atendimento.
No Eixo, na altura da 107 Norte, uma criança de 5 anos foi atropelada por um motorista de 71 anos, sofreu escoriações no rosto.