Na próxima quarta-feira (22), o STF julga a possibilidade de gestantes optarem por não ter filhos portadores da doença neurológica
Durante a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD), nesta segunda-feira (20/05/2019), a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, reforçou que é contra o aborto nos casos de fetos portadores de microcefalia. “O Brasil é uma nação pró-vida. Estamos juntos para salvar mãe e bebê”, disse a pastora.
“Se abrirmos brecha para que a vida de uma criança seja ceifada porque ela tem microcefalia, em breve também haverá pressão para que o façamos também nos casos de síndrome de Down e outras deficiências”, disse.
Se abrirmos brecha para a vida de uma criança seja ceifada porque ela tem microcefalia, em breve também haverá pressão para que o façamos também nos casos de síndrome de Down e outras deficiências. O Brasil é uma nação pró-vida. Estamos juntos para salvar mãe e bebê.#ProVida pic.twitter.com/oZ9l6GTHst
— Damares Alves (@DamaresAlves) 20 de maio de 2019
As declarações foram feitas dois dias antes do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a legitimidade de gestantes optarem por não ter filhos portadores da microcefalia, geralmente ocasionada pela mãe contrair o vírus da Zika. Na próxima quarta-feira (22/05/2019), o plenário da Corte analisa a possibilidade de aborto nesses casos, exclusivamente.
Zika vírus
A microcefalia é uma má-formação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada, tendo um tamanho menor que o normal, podendo causar problemas no desenvolvimento da criança.
Em 2015, um surto de zika deixou diversas regiões do Brasil em estado de alerta devido à relação entre a manifestação da doença em mulheres grávidas e o nascimento de bebês com microcefalia.