O Ocidente tentou realizar uma “guerra-relâmpago” na Rússia, mas não deu certo, disse o conselheiro do ministro da Defesa da Rússia, Andrei Ilnitsky, em um artigo na revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria).
Segundo o assessor, entre fevereiro e março do ano passado, os Estados Unidos e seus aliados tentaram encenar uma “guerra-relâmpago” nas esferas econômica e mental, mas cometeram um erro.
Como o autor explica, a “guerra-relâmpago” consiste em paralisar a vontade do inimigo através do impacto em sua elite e na mídia, a fim de destruir as instituições estatais e decompor o Exército e as agências de aplicação da lei com suas próprias mãos. E se em uma guerra-relâmpago armada são precisos de 40 a 100 dias, então na esfera mental são necessários de um a dois anos para alcançar a traição das elites, e cerca de 15 anos para formar uma nova identidade entre a população.
“O primeiro ato de luta não trouxe sucesso ao Ocidente, mas levou à perda de iniciativa estratégica e a danos significativos ao pessoal e à reputação da quinta coluna”, escreve Ilnitsky.
No entanto, ele acredita que o fracasso completo do Ocidente só poderá ser julgado em meados de 2024, quando as elites e a população da Rússia “finalmente entenderão a impossibilidade de negociar com o Ocidente e de ter tudo ‘como era antes'”.
De acordo com o autor, o Ocidente se enganou ao expor seus verdadeiros objetivos, mas não conduziu uma preparação preliminar, não tendo criado uma alternativa bonita, mas falsa e, assim, violado as regras e a lógica da ação.
Ilnitsky declarou que o Ocidente desencadeou uma guerra mental contra a Rússia em 2021. Segundo ele, esta guerra vem acontecendo há muito tempo, mas só hoje em dia se tornou a ferramenta mais importante do confronto global. E as consequências deste conflito não se manifestarão imediatamente, mas pelo menos na próxima geração.