Ministério Público diz que investigados que fizeram acordo de delação na Operação Alba Branca podem depor normalmente à CPI da Merenda.
Três deputados estaduais integrantes da comissão se reuniram nesta quinta-feira (03) com o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio.
Os parlamentares conversaram sobre como os procedimentos da CPI podem ser realizados em paralelo com a investigação que corre no Tribunal de Justiça.
O presidente da comissão, Marcos Zerbini, do PSDB, afirmou que o procurador-geral não coloca impedimentos para qualquer depoimento à comissão.
“O advogado de um dos delatores disse que ele foi orientado pelo MP a não falar porque poderia perder a delação. Então falamos com o dr. Smanio e ele disse que em momento nenhum orientou desta forma”, disse.
A CPI deve reconvocar Marcel Júlio e Cássio Chebabi, que se negaram a prestar depoimento alegando que isso invalidaria um acordo de delação.
Os deputados também conversaram com o procurador-geral a respeito do andamento das investigações da Operação Alba Branca no âmbito do TJ.
Toda a apuração está na segunda instância porque o presidente da Assembleia, Fernando Capez do PSDB, que é investigado, tem foro privilegiado.
Alencar Santana Braga, do PT, discordou desse entendimento e disse que todos os outros envolvidos poderiam ser investigados pela justiça comum.
Os integrantes da CPI da Merenda voltam a se reunir na semana que vem, na terça (08) e na quarta-feira (09). Eles devem votar a prorrogação dos trabalhos por mais sessenta dias.
*Informações do repórter Tiago Muniz – Jovem Pan