“Acredito que a Fitch, que ainda está dois degraus acima (do grau de investimento), deve se posicionar logo, pois está totalmente incompatível tanto em relação aos indicadores fundamentais da economia e quanto de onde o mercado está colocando os preços”, afirmou.
Segundo ele, o mercado já deve começar a precificar o rebaixamento pelas outras agências. “Ninguém vai se apegar ao fato de duas ainda não terem rebaixado o Brasil”, justificou.
Camaraschi avaliou que a decisão da S&P “veio até tarde demais”, pois o Brasil já estava sendo negociado até bem abaixo de patamares de países considerados junks “há bastante tempo”. “Na avaliação do mercado, a S&P agiu com cautela”, disse. Para o economista, um dos aspectos que chamaram a atenção foi a manutenção do outlook negativo pela agência, o que sinaliza a possibilidade de novo downgrade pela S&P no médio prazo.