Muita gente não se limita ao tratamento-padrão na busca pela melhora. Por isso, cientistas foram apurar se compensa lançar mão de métodos alternativos
A investigação foi levada a cabo por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que reuniu dados de 149 trabalhos científicos e analisou cinco recursos terapêuticos que prometem enfrentar a depressão.
“Existem poucas evidências de boa qualidade para que possamos recomendar o uso dessas práticas contra a doença”, já adianta o médico e líder da pesquisa Gary Asher. Segundo o especialista, é prudente ter cuidado antes de partir para essas saídas, inclusive pelo risco de eventuais efeitos adversos.
“O paciente deve conversar primeiro com seu médico e informar sobre outras medidas que tenha tomado, até para não influenciar na ação dos remédios ou nos resultados da psicoterapia”, ressalta o psiquiatra Marcelo Allevato, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Tribunal da ciência
Veja o status de cinco soluções analisadas na revisão americana
Metionina
Vendido como um composto milagroso, o suplemento vitamínico foi alvo de alguns estudos. Porém, todos foram inconclusivos sobre a sua ação.
Exercício físico
Eleva o ânimo e a energia, fatores escassos na depressão. Mas vale buscar o suporte de um profissional de educação física.
Erva-de-são-joão
O fitoterápico mexe com os níveis de neurotransmissores no cérebro. Mas não se sabe qual a dose ideal contra a depressão.
Acupuntura
Daria uma força contra os efeitos colaterais dos antidepressivos. Mas ainda faltam dados do seu efeito na doença em si.
Ômega-3
Suplementos dessa gordura extraída de peixes poderiam ajudar um pouco nos casos mais leves.