Apesar da melhora no mercado de trabalho, país ainda tem 13,7 milhões na fila por emprego
A taxa de desemprego ficou em 13,2% no trimestre encerrado em agosto, uma queda em relação aos 14,6% registrados em maio, que serve de base de comparação. Ainda assim, há 13,7 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira.
O indicador também recuou em relação à taxa no trimestre encerrado em julho, de 13,7%, quando havia 14,1 milhões na fila do emprego.
Diante do avanço da vacinação e da reabertura da economia, economistas esperam que a ocupação cresça de forma significativa nos últimos meses deste ano. O desafio daqui para a frente, porém, será o ritmo dessa retomada.
Enquanto a população economicamente ativa (que está empregada ou desempregada, mas à procura de trabalho) deverá voltar ao nível pré-pandemia de forma mais intensa, o aumento da população ocupada deverá crescer em menor magnitude.
Com isso, a expectativa é que o país conviva com níveis elevados de desocupação por bastante tempo, já que há um descompasso entre oferta e demanda de mão de obra.
Caged X Pnad
Na terça-feira, o governo divulgou a abertura de mais de 300 mil vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos. A Pnad considera vagas formais e informais e apresenta dados trimestrais. Já as informações do Caged refletem números mensais apenas de empregos formais.
Enquanto a pesquisa do IBGE investiga todos os tipos de ocupação, nos mercados formal e informal, além de trabalhadores por conta própria e funcionários públicos, o Caged só considera aqueles que trabalham com carteira de trabalho assinada.