Este é quarto óbito por coronavírus dentro do sistema penitenciário, entre presos e policiais penais. Ao todo, 1.066 internos estão infectados.
Um detento de 77 anos, que morreu neste sábado (20), é a terceira vítima da Covid-19 entre presos do Distrito Federal. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o paciente estava internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desde o dia 11 de março.
Em nota, a pasta disse “lamentar o ocorrido”. O G1 questionou a secretaria se o interno era diagnosticado com outras doenças, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A Seap também não informou em qual bloco do Complexo Penitenciário da Papuda ele cumpria pena.
O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde na noite de domingo (21) contabiliza 1.066 presos infectados pelo novo coronavírus. O total de óbitos dentro do sistema penitenciário chega a quatro.
A primeira vítima entre detentos tinha 32 anos – o homem era diagnosticado com HIV e tuberculose. Outro caso foi de um homem de 40 anos, que cumpria pena no Presídio do Distrito Federal I (PDF I). Ele foi internado no Hran no dia 1º de junho, com dificuldades para respirar, e morreu no mesmo dia.
Entre policiais penais, o balanço mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) contabiliza 19 agentes infectados até quarta-feira (17) e 232 recuperados. Um servidor morreu em decorrência da doença.
Além dos casos nas unidades administradas pelo governo do DF, a Penitenciária Federal de Brasília tinha, até o mês passado, um infectado.
Até a noite de domingo, 504 profissionais da segurança pública do DF estavam infectados. O levantamento inclui policiais civis e militares, segundo dados da Secretaria de Saúde.
Medidas de prevenção
De acordo com a Seap foram adotadas medidas para evitar a contaminação entre detentos e policiais penais “desde que os primeiros casos de contaminação pelo coronavírus foram detectados no Distrito Federal”. Entre as ações de prevenção estão:
- Suspensão de visitas desde 12 de março
- Acolhimento de 360 detentos em hotéis
- Isolamento de blocos novos para detentos com suspeita da Covid-19
- Afastamento de servidores com sintomas do novo coronavírus
- Assepsia de celas, carros oficiais e prédios
- Intensificação das triagens de internos que chegam às unidades prisionais. Isso inclui vacinação e avaliação médica realizada pela equipe de saúde.