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sexta-feira, 17/05/24
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Diplomata norte-coreano em Londres fugiu para a Coreia do Sul

Thae Yong Ho era um alto oficial da embaixada norte-coreana em Londres e agora está na Coreia do Sul, sob proteção do governo

O diplomata norte-coreano em Londres, Thae Yong Ho, durante discurso (Reuters TV/Reuters)
O diplomata norte-coreano em Londres, Thae Yong Ho, durante discurso (Reuters TV/Reuters)

O diplomata da embaixada da Coreia do Norte em Londres que desertou com sua família está na Coreia do Sul, segundo informou nesta quarta-feira o Ministério da Unificação de Seul. Thae Yong Ho era vice-embaixador e tinha a incumbência de promover uma imagem favorável de seu país no exterior, além de manter o governo informado sobre desertores que viviam no Reino Unido.

“Agora eles estão sob a proteção do governo de Seul”, disse em entrevista coletiva o porta-voz de Unificação, Jeong Joon-hee. De acordo com o sul-coreano, Thae citou que sua deserção foi motivada por “desgosto pelo regime de Kim Jong-un, admiração pela liberdade da Coreia do Sul e o sistema democrático, além do futuro de sua família”.

Na terça-feira, o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo havia noticiado que um diplomata eminente desertou no início do mês com sua esposa e filhos para um “terceiro país” e seu paradeiro era desconhecido, até o anúncio de Seul. Segundo a publicação, Thae efetuou a fuga “seguindo um minucioso plano”. A deserção é a primeira desde a inauguração da embaixada em Londres, há 13 anos.

Uma fonte anônima afirmou ao JoongAng Ilbo que o diplomata permanecia sob crescente pressão do regime ditatorial para combater as críticas da comunidade internacional sobre as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte. Analistas destacaram que, devido às recentes sanções internacionais, as deserções de cidadãos de status médio e alto na sociedade norte-coreana aumentaram nos últimos tempos.

De acordo com o jornal The Guardian, um dos filhos de Thae frequentava uma escola em Londres e seus colegas afirmaram que ele desapareceu no meio de julho. Um amigo do jovem, Louis Prior, de 19 anos, contou que ele estava próximo a ingressar na Imperial College London para estudar matemática e ciência da computação. “Ele usava o Facebook e o Whatsapp todos os dias e de repente suas contas desapareceram”, disse Louis ao jornal.

(Com EFE)

 

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