Ao longo de seis meses, os deputados usaram R$ 1,5 milhão da verba indenizatória. A maior despesa foi com locomoção
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
Os deputados distritais usaram R$ 1,5 milhão da verba indenizatória no primeiro semestre de 2017. Desse total, o gastos mais alto serviu para custear combustível, lubrificante e aluguel de veículos: R$ 491.527,72, (32,7% do total). O pagamento de consultoria/assessoria e serviços de divulgação da atividade parlamentar completam a lista das três maiores despesas. O levantamento é da ONG Adote um Distrital.
Na comparação entre o primeiro semestre de 2017 e o mesmo período de 2016, a entidade verificou redução nos gastos, que caíram de R$ 1,7 milhão para R$ 1,5 milhão. “É um fato positivo, mas o valor continua absurdo. Esse dinheiro poderia ser investido em áreas como a saúde”, disse o coordenador da Adote um Distrital, Olavo Santana.
Os parlamentares têm à disposição R$ 25.322,25 mensais para custear os trabalhos dos gabinetes. A verba é chamada de indenizatória porque é liberada apenas após os gastos, ressarcidos mediante comprovação.
Os deputados que mais gastaram foram Chico Vigilante (PT), com R$ 147.405,87; Rodrigo Delmasso (Podemos), com R$ 132.178,37; e Juarezão, com R$ 127.633,16.O petista disse que a verba indenizatória tem previsão legal e é aprovada no orçamento da Casa. Segundo ele, boa parte dos gastos são para despesas fixas, como aluguel e comunicação. “Faço uma fiscalização implacável do GDF e também uso a verba para divulgar esses dados”, resumiu Vigilante.
Delmasso também ressaltou a importância da verba indenizatória para a manutenção de atividades parlamentares. “Uso esses recursos para financiar o projeto Gabinete Itinerante. Não sou empresário e não tenho outra fonte para prestar contas e me aproximar da população. Todos os gastos estão em prestação de contas, publicados no meu site e no da Câmara”, afirmou. Juarezão não foi localizado para comentar o assunto.