Alckmin criticou demora da reação do presidente em atender demandas dos caminhoneiros e culpou partido de Dilma
Cumprindo agenda de presidenciável no Rio Grande do Sul, Geraldo Alckmin (PSDB) criticou tanto o PT, do governo de Dilma Rousseff, quanto o atual presidente, Michel Temer (MDB), pela demora do governo federal em reagir à greve dos caminhoneiros. “Eu não escolhi o Temer. Quem escolheu foi o PT, ele que escolheu o Temer de vice-presidente”, disse Alckmin a jornalistas na noite desta quarta-feira, 30, pós participar de encontro na Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS (Fehosul), em Porto Alegre.
“O governo atendeu o pleito [dos caminhoneiros], mas deveria ter atendido antes até. Não tem mais razão nenhuma [para a greve] prejudicar a população brasileira com desabastecimento de hospitais, de alimentos e prejuízo econômico absurdo”, acrescentou.
Assim como no vídeo divulgado nas suas redes sociais na tarde desta quarta, Alckmin voltou a criticar os pedidos de intervenção militar vistos nos protestos dos caminhoneiros. “É inadmissível essa coisa de intervenção militar. O respeito à Constituição é basilar. É até ofensivo. O general Villas-Bôas, um grande brasileiro, comandante do Exército, até disse um tempo atrás ‘isso é coisa de maluco’. Não tem o menor sentido. As Forças Armas têm respeito à Constituição e à lei. O que nós precisamos é fazer a reforma política. Esgotou o modelo político brasileiro”, disse o tucano.
A respeito do vídeo, Alckmin afirmou que não quis personalizar se referindo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ao responsabilizar candidatos “presos ou soltos” pelo caos. “Sem personalizar, o que coloquei é que o que os radicais do ódio trazem é caos, não é a mudança. Mudança é fruto de diálogo, de trazer a sociedade junto. Todo o radicalismo não é o caminho, é o descaminho”, explicou.