As eleições para a Executiva local do PSDB estão marcadas para maio, nas zonais, e junho, no diretório regional. Dois pretendentes estão com os nomes colocados na disputa para assumirem a presidência local: Raimundo Ribeiro, deputado distrital, e Izalci Lucas, federal, devem disputar a preferência dos tucanos. Porém, o atual presidente Eduardo Jorge espera unificar o tucanato brasiliense e formar chapa única.
A ideia é bem recebida pelos dois parlamentares, que têm conversado entre si quase diariamente em busca de um consenso. O objetivo é aproveitar o momento de instabilidade que vive o País para dar mais força ao partido no âmbito nacional, onde a legenda é a principal oposicionista ao governo Dilma Rousseff.
Busca de unidade
“Estou trabalhando para construir a unidade interna do partido, que é um desejo da Executiva nacional. Eu percebo que é um sentimento geral”, afirma o presidente regional Eduardo Jorge, conduzido ao cargo pelo comando nacional da legenda.
Eduardo Jorge destaca que os nomes de Ribeiro e Izalci têm sido citados, mas que ainda não há chapas, nem para o diretório regional, que elege o presidente local, e tampouco para as zonais.
Raimundo Ribeiro também trabalha para que haja um consenso dentro do partido em torno de um nome, mas já definiu que sua candidatura para a presidência regional não será retirada.
Raimundo Ribeiro cita uma série de apoios recebidos, mas avisa que quer um acordo com Izalci. “Temos conversado com o deputado Izalci para que não haja disputa, mas se não conseguirmos, após fecharmos as urnas estaremos juntos novamente pelo bem do País”, afirma Ribeiro.
O deputado federal Izalci Lucas confirma as conversas e afirma que o “momento é de entendimento”. “Estamos em fase de entendimento, buscando juntar todos e ter uma chapa de consenso. Sobre o apoio de nomes importantes do tucanato local, Izalci é enfático: “Meu apoio vem dos 74 mil votos que me elegeram”.
Mesmo com disputa, meta será a união
Embora mantenham as candidaturas, tanto Izalci quanto Raimundo Ribeiro fazem promessas de composição. “Somos o maior partido de oposição do País e, portanto, não dá para ficarmos desunidos”, declara Izalci.
Caso não haja acordo, Ribeiro também não vê problema em que ocorra a disputa nas urnas: “Não podemos demonizar as eleições internas. O ideal é que entremos em acordo, mas não vejo problema em termos a disputa. Tanto eu quanto o deputado Izalci não temos problemas em ser testados”.
Volta da autonomia
As eleições para o diretório regional e para as zonais restabelece a autonomia no tucanato brasiliense. Durante o processo de escolha do nome para a disputa ao Buriti, no ano passado, o então postulante Izalci Lucas, que tentava concorrer pelo PSDB, acabou perdendo a vaga para Luiz Pitiman, por determinação do presidente nacional da legenda, Aécio Neves. Antes disso, houve duas intervenções sucessivas na executiva local.
Apesar da escolha, Izalci acredita que “há males que vêm para o bem” e não se sente injustiçado.
“Eu não me vejo como prejudicado por não ter sido o escolhido. Tem males que vêm para o bem. Se tivéssemos sido eleitos, com o PT tão mal no governo federal, teríamos grandes problemas”, analisa o deputado federal.
Fonte: Jornal de Brasília