Possibilidade de governo francês decretar lockdown de um mês aumenta pessimismo entre investidores
É com o cenário internacional contaminado pelos temores sobre os efeitos econômicos da segunda onda de coronavírus, que o mercado brasileiro inicia os trabalhos desta quarta-feira, 28. No radar, está a possibilidade de a França decretar um lockdown de um mês, sondada pela imprensa local.
Por aqui, o Ibovespa abriu em forte queda e recuava 2,36% para 97.259 pontos. Já o dólar segue em trajetória, já tendo ultrapassado os 5,76 reais ainda nos primeiros negócios do dia. A cotação é a maior desde maio, quando a moeda americana chegou a ser negociada próxima dos 6 reais.A alta do dólar ocorre em linha com a valorização da moeda americana no mundo. Entre as moedas emergentes, o rublo russo é a que mais se desvaloriza perdendo mais de 2% de valor frente ao dólar. O euro também apresenta forte depreciação, refletindo a segunda onda no continente.
No ambiente interno, as atenções devem estar com os resultados corporativos e com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta noite. Neste pregão, o mercado deve repercutir os resultados da Localiza, Smiles, Gerdau, e Telefônica, que apresentaram seus balanços do terceiro trimestre entre o encerramento do pregão de ontem e a abertura do de hoje.
Na agenda, também está a divulgação de alguns dos principais resultados da temporada. Entre eles, estarão os da Petrobras, Vale e Bradesco, que devem apresentar seus balanços nesta noite.
Para a decisão do Copom, o mercado segue apostando na manutenção da taxa de juros Selic a 2% ao ano, mas deve ficar atento ao comunicado, em busca de pistas sobre como o órgão está avaliando os recentes dados de inflação, que tem superado as expectativas. Há esperança de que haja alguma sinalização dobre alta de juros.